Organização Mundial de Saúde compara pandemia à "gripe espanhola"

Tedros Adhanom insistiu na periculosidade do vírus, admitiu que o pior ainda possa estar por vir, mas salientou que é preciso acreditar que é possível lutar contra a doença.

© DR

Mundo Covid-19 20/04/20 POR Notícias ao Minuto

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, comparou hoje a pandemia de covid-19 à chamada "gripe espanhola" que há um século matou 100 milhões de pessoas mas disse que "desastre" idêntico pode ser evitado.

PUB

Falando numa coletiva de imprensa na sede da organização, em Genebra, Tedros Adhanom Ghebreyesus referiu-se à epidemia de covid-19 como "o inimigo público número um", que combina a capacidade de contágio de uma gripe com a letalidade das epidemias de MERS e SARS (síndromes respiratórios agudos provocados igualmente por coronavírus).

É uma "combinação muito perigosa" que está acontecendo, como aconteceu há cem anos (1918/19) e que matou 100 milhões de pessoas, mas hoje temos "uma situação diferente", temos tecnologias e podemos "evitar essa catástrofe", afirmou.

Tedros Adhanom insistiu na periculosidade do vírus, admitiu que o pior ainda possa estar por vir, mas salientou que é preciso acreditar que é possível lutar contra a doença, que requer, insistiu, solidariedade nacional e mundial. Porque sem isso "será pior".

"Dissemos que o vírus iria surpreender os países mais desenvolvidos, e isso está acontecendo", acrescentou, em tom dramático.

O diretor insistiu igualmente na necessidade de se olhar para as estatísticas vendo os números mas também as pessoas que eles representam, para que a pandemia de covid-19 não se transforme em quadros com números."Pensem nas vítimas de covid-19 como pessoas e não como números", pediu.

Antes o diretor-geral já tinha alertado que flexibilizar as medidas de contenção não quer dizer que a doença acabou e sublinhou que os confinamentos ajudam a refrear a epidemia, mas não põem fim.

Tedros Adhanom Ghebreyesus referiu ainda que a OMS está trabalhando com várias entidades para desenvolver testes à covid-19.

A epidemiologista Maria Van Kerkhove, responsável técnica máxima na resposta da OMS à Covid-19, também presente na coletiva de imprensa online, afirmou que também há muitos estudos sobre esta matéria e disse que um deles, em pré-publicação, sugere que até 14% da população tenha anticorpos. Mas disse desconhecer que métodos foram usados para esses estudos.

Mas ela afirmou que há uma percentagem da população infectada mais baixa do que a OMS estimava, o que por outro lado quer dizer que há grande parte da população mundial que ainda se pode infectar.

Kerkhove também disse que há mais de 10 mil sequências de genoma do vírus postas à disposição dos cientistas, o que permite perceber como o vírus se está se modificando, e acrescentou que não há muitas diferenças, "o que é positivo".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Mundo Streaming Há 16 Horas

Mãe detona quem critica filho gay: "Pior era se fosse homofóbico"

Mundo Indonésia Há 14 Horas

Motor de Boeing com 468 a bordo pega fogo em decolagem na Indonésia

Mundo CHINA-RÚSSIA Há 19 Horas

Xi promete consolidar amizade com Rússia 'por gerações'

Mundo Negócios Há 11 Horas

China e Rússia fecham acordo por segurança econômica e energética

Mundo Violência Há 13 Horas

Premiê da Eslováquia passa por cirurgia após ataque; estado é 'muito grave', afirma hospital

Mundo EUA Há 4 mins

Cadela resgatada após ficar presa dentro da parede de casa por 2h; veja

Mundo ESpanha agora mesmo

Repórter se surpreende ao descobrir parentesco inesperado em entrevista

Mundo EUA Há 25 mins

Tempestade mata pelo menos quatro pessoas em Houston e faz estragos

Mundo EUA agora mesmo

Motorista perde controle de caminhão e fica pendurada em ponte; veja