Asilo no interior de SP tem 6 mortos e 13 casos confirmados de Covid-19

A primeira morte no Lar Feliz 1 foi registrada em 13 de abril, de uma paciente diagnosticada com pneumonia

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Brasil Vulneráveis 07/05/20 POR Folhapress

AMERICANA, SP (FOLHAPRESS) - Em menos de um mês, o asilo privado Lar Feliz 1, em Hortolândia (SP), registrou a morte de seis idosos pelo novo coronavírus.Outros 13 pacientes testaram positivo para Covid-19, dos quais 3 estão curados e 10 em quarentena na própria instituição, que abrigava um total de 33 idosos. Nenhum dos 14 funcionários foi infectado.

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A estatística oficial dá conta de 10 mortos por Covid-19 na cidade do interior paulista, incluindo os 6 idosos. Há 77 casos confirmados da doença.

A primeira morte no Lar Feliz 1 foi registrada em 13 de abril, de uma paciente diagnosticada com pneumonia. A confirmação de que era Covid-19 saiu em 18 de abril. Na ocasião, segundo a instituição, foram isolados todos os que haviam tido contato com a idosa.

Segundo Bárbara Aparecida da Silva, proprietária do Lar Feliz 1, na semana que se seguiu, três idosos com comorbidades começaram a apresentar sintomas não necessariamente típicos do novo coronavírus, como prostração e inapetência.

"Eles apresentavam sintomas parecidos com os que já tinham. Sintomas esperados em quadros de idosos", afirmou.

Os três foram levados à UPA, onde vieram a morrer, dois com quadro de insuficiência renal e um de pneumonia. Exames posteriores constataram que tiveram Covid.Apenas em 27 de abril, quando quatro mortes por Covid já haviam sido registradas, foram realizados testes em todos os idosos e funcionários do asilo.

"A partir da quarta morte, a vigilância, sempre nos orientando e nos dando os EPIs necessários para trabalhar, decidiu fazer exames em todo mundo, inclusive nos funcionários", afirmou Silva.Os dez idosos hoje em quarentena apresentam, segundo Silva, quadro leve, ou estão assintomáticos.

Questionada sobre a distância entre a confirmação da primeira morte por Covid no asilo e a realização ampla dos testes, Silva afirmou: "Eu, como particular, fui atrás, mas não consegui quem pudesse fazer [os testes]".

A orientação que recebeu da secretaria, segundo ela, era encaminhar para o pronto-socorro sempre que houvesse pacientes com sintomas.O diretor de Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde, Antônio Roberto Stivalle, disse que o protocolo do Instituto Adolfo Lutz previa a aplicação de exames apenas em pacientes com quadro grave, profissionais de saúde e óbitos suspeitos.

"Não eram abertos à população ou a idosos que estivessem assintomáticos", afirmou. Testes em asilos, mesmo com óbito confirmado de idoso, não fazem parte desse protocolo, acrescentou.Stivalle afirmou ainda que todas as instituições do tipo foram orientadas no início de março sobre cuidados e procedimentos para o controle do coronavírus. "A recomendação era inclusive que não houve entrada de novos pacientes nem visitas", disse. "No entanto, não temos controle de se realmente não houve [entradas ou visitas]."

Segundo Silva, os idosos estavam em isolamento e sem receber visitas de familiares desde 18 de março, mas saíam para eventuais consultas médicas. A proprietária diz suspeitar que o vírus tenha entrado no asilo dessa maneira, já que os funcionários testaram negativo.

Em uma rede social, Aninha Oliveira afirmou que sua tia havia morrido na instituição no último domingo (3) e que seu tio continua no asilo, em isolamento.

"Lá tem enfermaria e médico, e os pacientes estão sendo bem tratados", afirmou. "Estão todos em isolamento, e foram feitos testes em todos os 'senhorzinhos'."

Neri Santos, que tem uma avó no asilo, confirmou em uma rede social que visitas de parentes haviam sido suspensas.

Em nota, a prefeitura de Hortolândia afirmou que a Secretaria de Saúde monitora todos os casos em locais que abriguem grande número de pessoas ou grupos de risco. "Moradores e funcionários que tenham tido contato com infectados também são monitorados", acrescentou.

Em Piracicaba, o Lar Betel registrou oito mortes por Covid, além de 34 idosos e 25 funcionários contaminados. Ao todo, a cidade tem 181 casos confirmados e 13 mortes por Covid.Em Nova Odessa, a prefeitura confirmou na última terça (5) a morte de um idoso que morava em um asilo.

O paciente, um homem de 76 anos com histórico de obesidade, chegou a ser hospitalizado com quadro respiratório grave. O nome da instituição não foi informada.Nova Odessa tem 12 casos confirmados de coronavírus, uma morte confirmada e duas mortes suspeitas.

Na última segunda (4), ao anunciar a obrigatoriedade do uso de máscaras em todo o Estado, o governador João Doria (PSDB) listou Hortolândia, Americana, Santa Bárbara e Sumaré entre as municípios com os piores índices de isolamento social (respectivamente, 48%, 45%, 42% e 42%).Doria afirmou que cidades que não alcançarem ao menos 50% de isolamento social até o próximo dia 10 não poderão flexibilizar a quarentena.

Veja também: BR tem 615 novas mortes, bate recorde e se torna o 6º com mais óbitos

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