Moro: Planalto deve alegar que vídeo é incompleto

O vídeo também conteria o registro de um desentendimento entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho

© Getty

Política Crise política 07/05/20 POR Estadao Conteudo

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinar a entrega do vídeo de uma reunião citada em depoimento pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o Palácio do Planalto tentará alegar que as gravações são pontuais e curtas e que, portanto, não tem a íntegra do conteúdo à disposição. Além da suposta pressão que o presidente Jair Bolsonaro teria feito sobre Moro para trocar o comando da Polícia Federal (PF), o vídeo também conteria o registro de um desentendimento entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

PUB

O argumento, no entanto, contraria declaração do próprio presidente. Segundo revelou na semana passada, os encontros do primeiro escalão são filmados e os arquivos ficam guardados em um cofre. Na ocasião, Bolsonaro chegou a afirmar que divulgaria o vídeo da reunião com Moro, mas depois desistiu. "Último conselho que tive é não divulgar para não criar turbulência", afirmou.

Veja também: Maia diz que tentativa de Bolsonaro construir base ajuda seu trabalho

Um dos motivos do recuo seria o desentendimento de Guedes e Marinho sobre gastos públicos para incentivar a retomada da economia após o fim da pandemia da coronavírus. Neste mesmo encontro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria feito críticas ao ministro do STF.

Na terça-feira, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, mandou o Palácio Planalto apresentar, em 72 horas, as cópias da reunião entre Bolsonaro e o primeiro escalão do governo do dia 22 de abril, dois dias antes da demissão de Moro. A ordem do decano também obriga o governo a preservar a integridade do conteúdo da gravação.

Secom

A gravação está atualmente sob responsabilidade do secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten. Citado pelo site Antagonista como o responsável por ter formatado o cartão de memória da reunião do dia 22, o chefe da assessoria especial da Presidência, Célio Faria Júnior, negou que tenha ficado com a gravação. "Não é da minha competência gravar, manter, ou trabalhar qualquer tipo de mídia na Presidência da República. Essa competência é da Secom (Secretaria Especial de Comunicação)", disse.

Questionado se a gravação citada por Moro ainda existe, o chefe da assessoria de Bolsonaro voltou a citar a órgão comandado por Wajngarten. "Não é da minha competência. Se existe ou não quem pode responder é a Secom", disse.

Questionada sobre a existência do vídeo e protocolos sobre gravação e armazenamento das reuniões ministeriais, a Secom informou apenas que "o Planalto não comentará". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 16 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 15 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 16 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 9 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

brasil São Paulo Há 8 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

brasil Brasil Há 14 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

fama Demi Moore Há 14 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

esporte Liga dos Campeões Há 14 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

esporte Ayrton Senna Há 14 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 14 Horas

'Castelo do Harry Potter' é destruído após ataque russo no porto de Odessa