OPAS: todos países devem ter acesso às vacinas contra covid-19

O especialista da Organização também falou sobre a importância de reforçar a prevenção e o controle da covid - 19 em populações vulneráveis.

© iStock (Foto ilustrativa)

Mundo vacinas 19/05/20 POR Notícias ao Minuto

Em coletiva de imprensa virtual realizada hoje (19), o Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) defendeu que, quando a vacina contra o novo coronavírus estiver pronta, todos os países devem ter acesso, independente de suas capacidades de pagamento. O brasileiro Jarbas Barbosa, diretor adjunto da organização, afirmou que a vacina poderá estar pronta para ser fabricada dentro de um ano.

PUB

"Neste momento, temos mais de 100 projetos de desenvolvimento de vacinas. Alguns já começaram testes em humanos, alguns já concluíram a primeira fase dos ensaios em humanos, que é a fase 1. Ou seja, pode-se ter como resultado dessa cooperação global uma vacina que talvez em um ano esteja disponível para ser fabricada. A OPAS trabalhou com sócios internacionais sobre o assunto da vacina para garantir que os países da região tenham acesso quando estiver disponível. Não podemos permitir que o acesso à vacina possa estar relacionado com a capacidade de pagamento de um país. É muito importante, como um dos pilares de nossa organização, a solidariedade", afirmou Barbosa.

Com relação ao uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina, Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da OPAS, afirmou que não há nenhuma prova que indique ser recomendável o uso durante a covid-19.

"Não temos resultados dos ensaios clínicos que sugiram a eficácia desses dois remédios. De fato, desde o início, a OPAS trabalhou com todos os países e imediatamente produzimos uma revisão muito sistemática sobre as evidências desses dois medicamentos. Acabamos de atualizar esse documento e não há evidências de que sejam eficazes contra a covid-19. O uso deles é decisão de cada país, mas nossas recomendações são muito claras: de que não devem ser utilizados. E, de fato, há estudos que apontam para uma alta taxa de efeitos secundários, como problemas cardiológicos em pessoas que estão utilizando", afirmou Espinal.

Espinal ressaltou, que é importante que os países transmitam uma mensagem consistente, em consonância com as recomendações da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS), para evitar que a população não sabia a quem deve escutar. "Os países implementam diferentes medidas. Cada país adota seu modelo e, para isso, a OPAS os assessora e está em comunicação constante através de seus especialistas".

Sylvain Aldighieri, Gerente de Incidentes do organismo, ao ser questionado sobre a estratégia da "imunidade de rebanho" defendida por alguns países, respondeu que essa não é a estratégia recomendada pela OMS, nem pela OPAS.

"Os eixos e a estratégia de resposta se baseiam na detecção dos casos, o isolamento desses casos, a identificação dos contatos (daquelas pessoas que estiveram em contato com infectados), a quarentena deles, o manejo clínico para salvar vidas, e a implementação das medidas de saúde pública, com todas as suas etapas. Esse é o caminho que temos que seguir nessa região, não é buscar uma imunidade de rebanho. Na verdade, não gostamos dessas palavras, que não se aplicam ao ser humano", disse Aldighieri.

O especialista também falou sobre a importância de reforçar a prevenção e o controle da covid - 19 em populações vulneráveis.

"Estamos falando de pessoas vulneráveis, de povos indígenas, não somente na região Amazonas, mas também nos Andes, na América Central. Além dos afrodescendentes, que são minoria em alguns países. São populações muito vulneráveis por diferentes razões. Além dos desafios da promoção da saúde e do acesso à informação, também vivem em condições de pobreza, em comunidades muito densas. Existe o risco de que o vírus se propague para as comunidades mais remotas através de rios e estradas no Amazonas. Nesse momento, temos diferentes pontos críticos e queria falar sobre a tríplice fronteira entre Brasil, Peru, Colômbia, onde estamos vendo uma tendência ascendente com uma alta taxa reprodutiva da covid-19. Devemos considerar os povos indígenas como populações vulneráveis e implementar medidas de prevenção e controle para protegê-los", disse Aldighieri.

Com informação: Agência Brasil

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 21 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo EUA Há 10 mins

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Herança Há 23 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 23 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 21 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

fama Bastidores da TV Há 13 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

brasil MORTE-SC Há 22 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 21 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 23 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

esporte Arábia Saudita Há 22 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens