Número de mortos por superciclone sobe para 82 na Índia e em Bangladesh

Os ventos de 185 km/h trazidos pelo Amphan destruíram mais 500 mil casas, esmagaram veículos e derrubaram postes e árvores

© Reuters

Mundo ÁSIA-CLIMA 22/05/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O superciclone Amphan provocou ao menos 82 mortes ao passar, na última quarta-feira (20), pelo leste da Índia e por Bangladesh. O número total de vítimas pode ser ainda maior, mas só será conhecido após a restauração das redes de comunicação da região, dizem autoridades locais.

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Os ventos de 185 km/h trazidos pelo Amphan destruíram mais 500 mil casas, esmagaram veículos e derrubaram postes e árvores. A maré de 5 metros de altura causada pela tempestade também provocou inundações generalizadas nos dois países.

Veja também: Trump deixa mais um tratado que visa evitar guerra nuclear com a Rússia

No populoso estado de Bengala Ocidental, o primeiro no caminho da tempestade, o ciclone fez ao menos 72 vítimas, segundo a ministra Mamata Banerjee.Banerjee disse que a tempestade deixou um rastro de destruição de mais de 400 km no estado. Para a recuperação das estradas e dos sistemas de abastecimento de água e de saúde, a ministra anunciou um fundo de emergência de 10 bilhões de rúpias (R$ 736 milhões).

"Nessa hora desafiadora, toda a nação se solidariza com Bengala Ocidental", disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pelo Twitter.

Na vizinha Bangladesh, o ciclone matou ao menos dez pessoas, segundo o governo."Parecia o fim do mundo. Tudo o que eu pude fazer foi orar", disse Azgar Ali, 49, morador do distrito de Satkhira, na zona costeira do país, em depoimento à agência de notícias Reuters.

Designado como superciclone, o Amphan perdeu força ao tocar a terra e atravessou Bangladesh como tempestade ciclônica.

Experientes no gerenciamento de ciclones e com sistemas de monitoramento climático, os dois países do sul da Ásia moveram mais de 3 milhões de pessoas para abrigos nos dias anteriores à tempestade.Inicialmente, algumas pessoas relutaram em ser deslocadas, porque os dois países também enfrentam a epidemia do novo coronavírus.

Até o momento, a Índia registrou mais de 115 mil infecções pela Covid-19 e 3.502 mortes, enquanto Bangladesh tem mais de 28 mil casos e 408 mortes.As estratégias de evacuação têm diminuído o número de mortes por ciclones na região nos últimos anos, apesar da potência e do poder destrutivo desses fenômenos ter aumentado.

Depois da passagem do Amphan, imagens divulgadas pela TV local mostravam pessoas caminhando pelas ruas com água até a altura do joelho e ônibus que foram esmagados uns contra os outros.

Na fronteira entre a Índia e Bangladesh, o ciclone submergiu parte da floresta de mangue de Sundarbans, segundo Belayet Hossain, membro do governo de Bangladesh. Ecologicamente frágil, a floresta é uma das maiores desse tipo de vegetação no mundo, além de ser habitat dos tigres-de-bengala.

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