Novo normal manterá EAD no ensino superior presencial

A Semesp apresentou nesta quinta-feira, 21, o Mapa do Ensino Superior no Brasil

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Brasil Educação 22/05/20 POR Estadao Conteudo

Com a reformulação das aulas e a necessidade de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus, cursos de graduação precisaram se adaptar para evitar atrasos e evasão de alunos. O impacto disso é que, em um futuro próximo, a graduação pode seguir uma linha mista, de cursos presenciais com aulas virtuais e ensino a distância (EAD) com uma proposta mais interativa. A avaliação é do Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do País - e apresentou nesta quinta-feira, 21, o Mapa do Ensino Superior no Brasil.

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O levantamento, com base em números do Censo da Educação Superior, ofertados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e referentes a 8,45 milhões de matrículas realizadas em 2018 - dado mais atualizado -, aponta que as matrículas para EAD cresceram 16,9% de 2017 para 2018.

No período de 2009 a 2018, o aumento foi de 145%. No caso das matrículas presenciais, houve queda de 2,1% no mesmo período.

Comparando os dados com a situação atual, Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, afirma que a pandemia vai afetar ambos os modelos, mas deve frear o crescimento acelerado de cursos de EAD. "O ensino presencial vinha perdendo espaço pelo preço e pela questão da flexibilidade. O aluno vai, fica sentado, muitas vezes à noite, quando ele está cansado. Por causa da pandemia, o ensino presencial está se reinventando, o que o torna mais atrativo. Quando essa situação acabar, ele deve ser um misto de aulas expositivas de forma remota com aulas em grupo em laboratórios. Vai ser interessante, porque os alunos vão ter mais interatividade com professores e, quando tiver o encontro presencial, será mais rico."

Na avaliação do diretor executivo da entidade, esse movimento vai fazer com que o modelo EAD com aulas gravadas e padronizadas também se reinvente e passe a ser mais interativo. Mas desafios impostos pela doença terão de ser estudados pelas instituições que oferecem cursos presenciais. "Vai ser necessário conseguir tornar o preço mais atrativo. O grande custo é a folha de pagamento, que não vai ser reduzida."

Capelato diz ainda que a entidade vê com preocupação os impactos do avanço da doença. "Os dados não são positivos. Houve uma queda de 13,9% dos novos alunos em 2020, visto que já tivemos o ingresso no primeiro semestre. No segundo semestre, (o ingresso) deve ser irrisório. Quem teve o ingresso em 2020, teve pouca aula e já precisou migrar para o ensino remoto, perdeu o contato com o câmpus. Deve trancar o curso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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