Opas: Américas têm 3,3 milhões de contaminados pelo novo coronavírus

Segundo a organização internacional, quase metade de todos os casos de covid-19 no mundo estão em países das Américas

© Getty

Mundo América Latina 10/06/20 POR Notícias Ao Minuto Brasil

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alerta que o novo coronavírus continua a se disseminar muito fortemente no Brasil, no Peru e no Chile. O organismo alerta para a chegada do inverno na América do Sul e para o aumento de infecções respiratórias, que podem dificultar o diagnóstico de covid-19. 

PUB

Segundo a organização internacional, quase metade de todos os casos de covid-19 no mundo estão em países das Américas, que somam 3,3 milhões de infectados.

"Na América do Sul, a resposta à pandemia será dificultada pela chegada do inverno, enquanto a temporada de furacões complicará nossos trabalhos na América Central, América do Norte e Caribe. Não temos dados de que a temperatura ou a umidade repercutem na propagação da doença, mas sabemos que o inverno exacerba as infecções respiratórias, assim como a gripe e pneumonia, que podem propagar-se rapidamente em climas mais frios e ambientes fechados", afirmou a diretora da Opas, Carissa Etienne, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (9).

A diretora ressalta que a situação trará um maior desafio para os sistemas de saúde, já sobrecarregados com os casos de covid-19, em função do pico de outras doenças respiratórias. Além disso, Carissa Etienne alerta que as semelhanças entre os sintomas da covid-19 com os de outras infecções respiratórias pode dificultar o diagnóstico de contaminação pelo novo coronavírus.

"A vacinação preventiva para a gripe é mais importante do que nunca, em especial para grupos de alto risco como trabalhadores da saúde, pessoas idosas e com infecções crônicas", defendeu Etienne.

Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, afirmou que o Brasil tem uma longa tradição de cooperação com a OMS e com a Opas e que o trabalho em conjunto seguirá sendo feito. "O Brasil tem uma grande tradição de solidariedade e de pan-americanismo, além de fazer fronteira com dez países. A organização está disposta a continuar apoiando o Brasil. Não vamos permitir que vacinas ou novos medicamentos não cheguem, porque estamos dispostos a facilitar essa chegada. A Opas esteve trabalhando nesse momento com a prioridade, a covid-19, facilitando a ajuda para a compra de dez milhões de testes para o Brasil. Capacitamos pessoal de saúde de Manaus e outras áreas, realizamos reuniões virtuais de educação e webinários. O Brasil tem o SUS (Sistema Único de Saúde), que é único, é uma joia, muito baseado na atenção primária".

Espinal falou ainda sobre as desigualdades na América Latina, que dificultam o combate à covid-19. "É uma das regiões com maior desigualdade no mundo e também uma das mais urbanizadas. Temos cidades com Rio de Janeiro, São Paulo e Lima, que estão rodeadas por cinturões de pobreza e desigualdade. Então, o confinamento que se aplicou na Europa, em certa medida, não se pode aplicar por completo na América Latina e no Caribe. Temos países com uma grande economia informal, onde é muito difícil implantar um confinamento total".

A Opas recomenda aos países que, se vão reabrir suas economias, devem realizar uma análise adequada, colocar sobre a mesa o estado financeiro, a situação das pessoas e fazer a abertura por etapas. "Vamos ter a covid-19 durante certo tempo e o mês de junho é um mês crítico. É esperado que América Latina sofra um grande impacto devido às características da região", afirmou Espinal.

Para a Opas, é urgente que os países deixem de lado as diferenças políticas e ideológicas para que possam chegar a um acordo que permita preservar vidas.

Em relação às mudanças feitas na plataforma de consolidação de dados da covid-19 pelo Ministério da Saúde do Brasil, Espinal afirmou que os países podem revisar seus dados, que é uma prerrogativa de cada país, mas sugeriu que os dados sigam sendo reportados.

"Não é errado revisar os dados, porque chegam novas informações. Agora, devo esclarecer que o Brasil tem uma longa história de reportar os dados e tem um amplo sistema de vigilância que engloba muitas variáveis, tem muita informação. A revisão dos dados não é uma surpresa, mas o que nós recomendamos é que se siga informando os dados a todos os países porque isso nos permite, e permite aos próprios governos, ter uma clara visão do que está acontecendo. E permite aos formuladores de políticas planificar e priorizar os lugares mais afetados pela pandemia. Estimulamos os países a que continuem reportando os dados", pontuou. Com informações da Agência Brasil.

Veja também: Covid: mais de 407 mil pessoas mortas e 7,1 milhões infectadas no mundo

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 19 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo EUA Há 17 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Herança Há 21 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 20 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 19 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

fama Bastidores da TV Há 11 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

brasil MORTE-SC Há 19 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 19 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 20 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

esporte Arábia Saudita Há 20 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens