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Os Estados Unidos e o Canadá decidiram estender o fechamento de fronteiras compartilhadas até 21 de julho, para todas as viagens não essenciais, anunciou hoje o Governo canadense. A fronteira entre os dois países está fechada desde 21 de março, exceto para o transporte de mercadorias e bens e para viagens essenciais, numa decisão conjunta, como medida de combate à propagação do novo coronavírus.
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"O Canadá e os Estados Unidos concordaram em estender as medidas de encerramento das fronteiras, atualmente em vigor por 30 dias, até 21 de julho", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau.
"Esta é uma decisão que protegerá as pessoas de ambos os lados da fronteira, enquanto continuamos a luta contra a covid-19", explicou.
Muitos canadenses temem uma reabertura desta fronteira, tendo em conta os elevados níveis de novos casos de contaminação que se continuam a verificar nos Estados Unidos, onde já se registraram mais de dois milhões de contágios e onde morreram mais de 115 mil pessoas com o novo coronavírus.
Os norte-americanos que regressam aos EUA e os canadenses que regressam ao Canadá estão isentos das medidas de encerramento da fronteira, assim como membros da família imediata dos canadenses também podem entrar no Canadá, embora devam ficar em quarentena por 14 dias.
Os trabalhadores transfronteiriços essenciais, como profissionais de saúde, equipes de companhias aéreas e caminhoneiros continuam podendo circular na fronteira.
A fronteira entre os dois países é uma parte crucial das suas economias, já que o Canadá envia 75% das suas exportações para os EUA e cerca de 18% das exportações norte-americanas dirigem-se ao Canadá.
A fronteira EUA-Canadá é a mais longa do mundo entre duas nações.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 436 mil mortos e infectou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.