'Brasileiro não permitirá retrocesso institucional', diz Maia

"Acordei hoje com o Datafolha mostrando que 75% dos brasileiros apoiam o regime democrático. Fico feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ver que o brasileiro não permitirá um retrocesso institucional", disse Maia

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Política Democracia 28/06/20 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste domingo (28) que o resultado da pesquisa Datafolha de apoio recorde à democracia mostra que os brasileiros não permitirão "um retrocesso institucional" no país.

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"Acordei hoje com o Datafolha mostrando que 75% dos brasileiros apoiam o regime democrático. Fico feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ver que o brasileiro não permitirá um retrocesso institucional", disse.

Maia ponderou que a o número também o entristece pois a discussão já deveria ter sido superada.

"Triste por ter que, em pleno século XXI, me preocupar com uma discussão que já deveria estar enterrada", escreveu o presidente da Câmara em suas redes sociais.

A pesquisa divulgada aponta que 75% dos entrevistados consideram o regime democrático o mais adequado. Em dezembro, última vez em que o instituto fez a pergunta aos entrevistados, 62% apoiavam a democracia.

Durante o ano, o presidente Jair Bolsonaro fez movimentos que pioraram a crise política no Brasil, em enfrentamento direto ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal.

O índice de apoio à democracia é o maior desde 1989, ano em que o Datafolha incluiu a pergunta em suas pesquisas.

A maior diferença nos números da pesquisa anterior está entre os que antes respondiam que tanto faz uma democracia ou uma ditadura no país. O número caiu de 22% para 12%, a maior migração pró-democracia. A pesquisa foi feita entre os dias 23 e 24. O Datafolha ouviu 2.016 pessoas por telefone.

A líder do PSOL na Câmara, deputada Fernanda Melchionna (RS), comentou outro resultado do levantamento do Datafolha, que mostra que 78% dos brasileiros reconhecem que o regime militar instaurado em 1964 foi uma ditadura.

"1964 foi o ano do Golpe Civil-Militar, que inaugurou um dos períodos mais sombrios da nossa história. 78% do povo reconhece e sabe do legado cruel de censura, genocídio indígena e tortura."

A pesquisa mostra que 13% acham que não houve ditadura no país e outros 19% dizem não saber.

O presidente Bolsonaro costuma elogiar ou minimizar o período ditatorial no Brasil. O Datafolha mostra que boa parte de seus apoiadores tendem a concordar com ele.

Para 43% dos defensores de Bolsonaro, a ditadura deixou mais coisas positivas do que negativas para o país. Na população em geral, o índice cai para 25%.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), também comentou os resultados do Datafolha.

"Democracia vai além da participação nas eleições a cada dois anos. É participação, cobrança e permanente presença do cidadão no dia a dia. A manutenção da democracia é uma luta que transcende qualquer disputa entre partidos políticos. Ser democrata está acima da polarização entre esquerda e direita", afirmou.

"A cidade de São Paulo sempre foi e será palco de respeito e diversidade de ideias. Foi assim no impeachment do Collor, da Dilma e tem sido nas manifestações pró e contra Bolsonaro", completo.

O prefeito parabenizou a campanha lançada pela Folha de S.Paulo em defesa do regime democrático e que resgata o amarelo das Diretas Já. "Meu avô foi perseguido, preso e teve seu mandato cassado na época da ditadura militar, algo inadmissível a ser reproduzido", afirmou, em referência ao ex-governador Mario Covas (PSDB).

O deputado federal e presidente do MDB, Baleia Rossi (MDB-SP), destacou a importância da pesquisa e da campanha lançada pela Folha de S.Paulo para reforçar a democracia no Brasil.

"A Folha presta um enorme serviço com essa campanha. Estamos no momento em que precisamos reforçar nossos valores democráticos em todo mundo."

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