Facebook remove 73 contas falsas ligadas ao PSL e a Bolsonaro

Foram removidas 35 contas do Facebook e 38 do Instagram que, segundo a empresa, atuaram com propagação de notícias falsas antes e durante o mandato de Bolsonaro.

© .

Política POLÍTICA-INTERNET 08/07/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Facebook afirmou nesta quarta-feira (8) que removeu 73 contas inautênticas de uma rede coordenada ligada a integrantes do governo de Jair Bolsonaro.

PUB

Foram removidas 35 contas do Facebook e 38 do Instagram que, segundo a empresa, atuaram com propagação de notícias falsas antes e durante o mandato de Bolsonaro. A audiência chegava a 2 milhões de contas.

"Nossa investigação encontrou ligações a pessoas associadas ao PSL (Partido Social Liberal) e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro", afirmou a empresa, que fez uma investigação interna mais ampla e identificou redes inautênticas também no Canadá, no Equador, na Ucrânia e nos Estados Unidos.

Os conteúdos eram sobre notícias e eventos locais e, de acordo com o Facebook, incluíam política e eleições, memes, críticas à oposição política, organizações de mídia e jornalistas, e mais recentemente sobre a pandemia do coronavírus. A empresa disse que barrou as contas concentradas "no comportamento, e não no conteúdo".

O total gasto com anúncio no Facebook foi de cerca de US$ 1.500, pagos em reais. As contas tinham cerca de 883.000 seguidores. Também foi detectado um grupo com cerca de 350 pessoas. No Instagram, eram 917.000 seguidores ao todo.

A derrubada fez parte de uma investigação interna mais ampla, que derrubou quatro redes distintas por violação da política do Facebook "contra interferência estrangeira e comportamento inautêntico coordenado".

Além de Brasil, as redes foram identificadas no Canadá, Equador, na Ucrânia e nos Estados Unidos.

No total da investigação internacional, a empresa removeu 41 contas e 77 Páginas no Facebook, além de 56 contas no Instagram, por violarem nossa política contra interferência estrangeira. Segundo o Facebook, a atividade teve origem no Canadá e Equador, e mirava El Salvador, Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador e Chile.

"Essa rede usava uma combinação de contas reais e falsas, algumas das quais já tinham sido detectadas e removidas por nossos sistemas automatizados", afirmou. A rede usava contas falsas para que parecessem nativos dos países-alvo, postava e curtia o próprio conteúdo, além de direcionar as pessoas para sites fora das plataformas do Facebook.

"A rede postou conteúdos sobre notícias domésticas e eventos, incluindo política, ativismo, elogios e críticas a candidatos políticos, eleições, governo da Venezuela, suporte e críticas ao presidente do Equador, partidos políticos da região incluindo o Farabundo Martí National Liberation Front em El Salvador, o Partido Justicialista na Argentina, e o Partido Progresista no Chile", diz o Facebook.

A reportagem procurou os responsáveis pelas páginas e aguarda um posicionamento.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 23 Horas

Morre Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, vítima de câncer

esporte Brasil agora mesmo

Estátua de Daniel Alves em Juazeiro vai ser retirada; entenda

mundo Antártida agora mesmo

Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

tech ESA Há 6 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

fama Luto Há 8 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

mundo Titanic Há 8 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

tech Ataque Há 5 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

fama Redes Sociais agora mesmo

Livian Aragão, filha de Didi, sugere plágio e leva invertida na web

fama Casais famosos Há 36 mins

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

mundo Argentina Há 8 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina