Milhares protestam em Jerusalém para pedir demissão de Netanyahu

Acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança em três processos distintos, Netanyahu está no centro de um julgamento na justiça, que começou em maio.

© DR

Mundo Jerusalém 14/07/20 POR Notícias ao Minuto

Milhares de pessoas se manifestaram hoje em Jerusalém contra o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, acusado de corrupção em vários negócios e de má gestão da pandemia de covid-19, exigindo a sua demissão.

PUB

Os manifestantes empunharam cartazes com palavras de ordem como "a corrupção de Netanyahu nos deixa doentes", "Netanyahu, demissão", "crime minister" [alusão ao cargo de chefe do Governo, em inglês 'prime minister'] ou ainda "estamos fartos" em frente à residência do primeiro-ministro israelita.

Um dos organizadores do protesto, o general da reserva Amir Haskel, apelou aos israelitas para se deslocarem a Jerusalém hoje, "231.º aniversário da Revolução Francesa" (iniciada a 05 de maio de 1789 e que culminou com a tomada do Palácio da Bastilha, a 14 de julho), para "reclamar a liberdade, igualdade e fraternidade".

A ação de protesto foi acompanhada por várias unidades das forças de segurança israelitas e os manifestantes utilizavam máscaras, mas sem ter em conta o distanciamento físico obrigatório.

"O vírus mais mortal não é a covid-19, mas sim a corrupção", disse à agência noticiosa France Presse (AFP) Laurent Cigé, vindo de Telavive para participar da manifestação.

À medida que os manifestantes iam abandonando o local da concentração registraram-se pequenos conflitos com a polícia.

Acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança em três processos distintos, Netanyahu está no centro de um julgamento na justiça, que começou em maio e cuja próxima audiência está marcada para 19 deste mês.

Segundo a lei israelita, o primeiro-ministro não é obrigado a apresentar a demissão quando é acusado, só o devendo fazer se for reconhecido culpado de um crime após ter esgotado os procedimentos de recurso, o que poderá levar anos.

Os manifestantes protestaram também contra a forma como o Governo de Israel tem gerido a pandemia de covid-19, sobretudo num dia em que o Ministério da Saúde israelita anunciou mais de 1.400 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas.

Até há pouco tempo, Israel, com cerca de nove milhões de habitantes, orgulhava-se da gestão feita durante a pandemia, mas o número de novos casos diários tem aumentado nas últimas semanas após ter sido anunciado o fim de algumas restrições impostas pelo confinamento, no final de maio.

Na semana passada, o Governo israelita anunciou o regresso de várias restrições, como o encerramento dos bares, discotecas e pavilhões desportivos.

Oficialmente, e segundo dados de hoje, as autoridades sanitárias israelitas contabilizaram mais de 41.200 infectados, de que resultaram 368 óbitos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 573 mil mortos e infectou mais de 13,12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 19 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 20 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 21 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

lifestyle Signos Há 22 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 21 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

brasil Santa Catarina Há 21 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama SAMARA-FELIPPO Há 16 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

fama Iraque Há 18 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil MORTE-SP Há 15 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 19 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula