Desafio do País é abrir mão da 'energia suja', diz Eduardo Braga

O ministro disse que o Brasil não precisa ficar preso a amarras contratuais, sem citar diretamente nenhuma usina em específico

© Agência Brasil

Economia Minas e Energia 12/11/15 POR Estadao Conteudo

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), afirmou na manhã desta quinta-feira, 12, que o grande desafio do Brasil nos próximos anos será descontratar a energia suja de térmicas, modal no qual o País foi obrigado a recorrer desde 2001 para vencer os riscos de racionamento energético.

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"Para poder vencer de 2001 para cá, acabamos contratando energia que era energia a qualquer custo. Nós contratamos, de 2001 pra cá, 15 mil MWh de térmicas, muitas a gás e óleo diesel", disse em evento sobre o clima na capital paulista.

"O grande desafio do setor é como descontratar essa energia e substituir por energia nova, eficiente, limpa, barata, moderna, energia do século XXI para fazer com que o nosso sistema elétrico brasileiro seja competitivo em termos internacionais", afirmou.

O ministro disse que o Brasil não precisa ficar preso a amarras contratuais, sem citar diretamente nenhuma usina em específico. "Contratos não são 'imexíveis', existem cláusulas, não temos que ficar amarrados a contratos sujos", afirmou.

Braga ressaltou que o Brasil deve encerrar o ano com potencial de energia eólica em 7,5 mil MWh e, mais importante, com condições para avançar a 16 mil MWh até 2018 por conta da curva de aprendizagem da indústria nacional. O ministro disse que o País precisa mitigar barreiras de transmissão, geração, tecnologia, licenciamento ambiental e não ficar se baseando em subsídios para ser competitivo na área de energias renováveis.

Ele destacou a importância do investimento em inovação para que o País possa ter um sistema mais eficiente com energia mais barata. "Precisamos vencer o desafio do custo da energia elétrica no Brasil."

O ministro argumentou ainda que o ajuste fiscal vai ser concluído e que o Brasil vai voltar a crescer e demandar energia. "Só teremos subcontratação de energia se não fizermos a lição de casa", afirmou.

Braga lembrou o potencial brasileiro para exportar energia limpa para países como Chile, Peru, Colômbia. "Há um mercado na América do Sul para qual podemos ser grande exportador. Tem 15 mil MWh de energia no continente que não é adequada do ponto de vista do clima."

Financiamento

Ao responder a fala de Rogério Zampronha, presidente da Vestas, que falou sobre a instabilidade de mecanismos de financiamento para a indústria de energia renovável, Braga afirmou que o BNDES se prepara para lançar um programa "que estabelecerá novos paradigmas".

Segundo o ministro, o programa do banco de fomento vai incentivar que universidades federais, escolas técnicas federais e hospitais universitários sejam eficientes energeticamente. A ideia também é que as escolas técnicas formem profissionais especializados, por exemplo, em manutenção de placas de geração de energia solar.

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