União Europeia aplica sanções aos russos e chineses por ciberataques

"Trata-se de uma resposta à tentativa de ciberataque contra a Opaq (Organização para a Proibição das Armas Químicas)", afirmou o Conselho da UE em um comunicado

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Mundo EUROPA-SANÇÕES 31/07/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em uma decisão inédita, a União Europeia (UE) anunciou sanções nesta quinta-feira (30) a dois chineses e a quatro russos, além de um centro vinculado à inteligência russa, pela acusação de terem lançado ataques virtuais.

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"Trata-se de uma resposta à tentativa de ciberataque contra a Opaq (Organização para a Proibição das Armas Químicas)", afirmou o Conselho da UE em um comunicado.

A tentativa de ataque à Opaq, frustrada pelos serviços de inteligência holandeses em 2018, levou a UE a sancionar dois agentes e dois especialistas em informática do GRU, centro de inteligência militar da Rússia.

Os agentes, Alexey Minin e Oleg Sotnikov, e os especialistas Evgenii Serebriakov e Aleksei Morenets, não poderão viajar para o bloco. Além disso, seus ativos na UE serão congelados.

O bloco acusa o serviço russo de estar ligado a dois ataques virtuais em junho de 2017, que atingiu várias empresas europeias e gerou prejuízos financeiros, e de outras duas operações que tiveram como alvo o sistema de fornecimento de energia da Ucrânia, em 2015 e 2016.

A UE também incluiu na lista o Centro Principal de Tecnologias Especiais do GRU pelo ciberataque "NotPetya", em 2017, assim como a entidade chinesa Huaying Haitai e a norte-coreana Chosun Expo pelos ataques que ficaram conhecidos como "Cloud Hopper" e "WannaCry", respectivamente.

O Chosun Expo é suspeito de ter ajudado em uma série de ataques, incluindo um roubo de US$ 81 milhões da conta do Banco de Bangladesh no Federal Reserve Bank em Nova York.O grupo coreano também é apontado como participante do ataque ao estúdio Sony Pictures, que tentou impedir o lançamento de um filme de comédia sobre o ditador Kim Jong-un, em 2014.

Os chineses Gao Qiang e Zhang Shilong foram punidos pela acusação de participar da operação "Cloud Hopper", direcionada contra sistemas em nuvem de empresas multinacionais na Europa e em outros países.

"As medidas são consequência da constante sinalização e determinação da UE (...) para proteger a integridade, segurança, o bem-estar social e a prosperidade de nossas sociedades livres e democráticas", declarou o chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell.

"O preço do mau comportamento está aumentando, porque os 'maus' estavam se safando com muita frequência", disse o ministro holandês das Relações Exteriores, Stef Blok.

Em 2019, a UE estabeleceu um programa de sanções para os responsáveis por ciberataques, que ainda não havia aplicado punições. O grupo, no entanto, havia denunciado antes ataques da China, da Rússia e da Coreia do Norte.

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