Times do NBB miram retorno e buscam reforços em meio à pandemia

Nas partidas, a dificuldade será atender a todos os protocolos necessários para preservar a segurança de jogadores, árbitros, mesários e comissões

© Google

Esporte NBB 01/08/20 POR Notícias Ao Minuto

A chegada da pandemia do novo coronavírus (covid-19) paralisou o basquete masculino no Brasil em 15 de março, com a interrupção da temporada do Novo Basquete Brasil (NBB). Passados dois meses, ocorreram reuniões por videoconferência e até houve a elaboração de um protocolo de saúde para um eventual retorno. Mesmo assim, os clubes decidiram pelo cancelamento da edição 2019/2020 do campeonato nacional da modalidade. A expectativa é que a bola laranja volte a quicar em quadras país afora a partir deste mês de agosto, mesmo que em ritmo de treino. A retomada das atividades, porém, dependerá da liberação das autoridades de saúde,  o que poderá variar bastante de estado para estado – e até de cidade para cidade.

PUB

A previsão da Liga Nacional de Basquete (LNB), responsável por promover o NBB, é que a edição 2020/2021, a 13ª da história da competição, comece no dia 14 de novembro, com rigorosos cuidados sanitários e sem torcida. "Teremos consequências diretas [da pandemia] não só na realização dos jogos, mas também na presença do público. Nas partidas, a dificuldade será atender a todos os protocolos necessários para preservar a segurança de jogadores, árbitros, mesários e comissões. Os deslocamentos terão que ser bem estudados. Todos entendem que será um ano de transição, um NBB de travessia em meio a uma dificuldade mundial", analisa Lula Ferreira, supervisor técnico do Sesi Franca, em entrevista à Agência Brasil.

A equipe é uma das que pretende iniciar os treinos em agosto. "Administrativamente, estamos preparados para reiniciar as atividades. A dependência ficará, exclusivamente, das autoridades de saúde. É algo que independente da nossa vontade. Vamos acompanhar as orientações e segui-las rigorosamente", garante Ferreira.

A cidade de Franca (SP), porém, situa-se numa região ainda considerada crítica pelo governo paulista quando o assunto é covid-19. Tanto que ainda está na chamada Fase Vermelha, a primeira - de um total de cinco - do Plano São Paulo, que flexibiliza a quarentena no estado. Isso significa que, no município apelidado de "Capital do Basquete", apenas serviços essenciais podem funcionar. Além dessa particularidade,  no caso do Franca e dos times do estado de São Paulo que disputam o NBB, há pela frente o Campeonato Paulista, previsto para iniciar entre setembro e novembro. "Acredito que essa volta tenha que ter, no mínimo [uma pré-temporada], de 45 dias para mais. Creio que, ao menos, dois meses seja o ideal para que os atletas estejam inteiros para correr o menor risco de contusão", avalia o técnico francano Hélio Rubens Garcia Filho, o Helinho. 

Campeão na temporada 2018/2019 diante do próprio Franca, o Flamengo é outro com a volta aos treinos prevista para este mês. Mas, ao contrário do rival paulista, o Rubro-Negro tem uma final continental pela frente antes do próximo NBB. Em março, o clube se garantiu na final da Champions League, a "Libertadores" do basquete masculino ao superar o Instituto, da Argentina. A equipe aguarda o ganhador do confronto entre os também argentinos Quimsa e San Lorenzo, cuja disputa está empatada, com uma vitória para cada lado.

A Federação Internacional da modalidade (Fiba) ainda não divulgou as datas para continuação do torneio, mas, a expectativa é que as partidas ocorram antes do novo NBB começar. "A Fiba, a princípio, trabalha com o retorno [da Champions] para outubro. O objetivo é sermos campeões e disputarmos o Mundial de Clubes. Empenhamos muitas forças em 2019/2020 e, por isso, antecipamos o planejamento para minimizar o tempo em que estivemos parados. Gosto de ressaltar que é difícil isso, estrear jogando uma decisão, mas é a mesma dificuldade que outras equipes terão", diz o gerente do basquete rubro-negro, Diego Jeleilate. 

Até por isso, o Flamengo é justamente um dos times mais ativos no mercado de transferências que ainda está no começo. Além de renovar com o técnico Gustavo de Conti e com jogadores - como o ala Marquinhos, o armador Franco Balbi e o pivô Olivinha, destaques do grupo campeão do NBB em 2019 -, o Rubro-Negro investiu pesado na contratação de outros três jogadores: o armador Yago, revelação do Paulistano; o ala Chuzito González, que estava no Instituto, da Argentina; e o pivô Rafael Hettsheimeir, que estava no Franca.

"O nosso planejamento é de longo prazo, onde a gente sempre busca manter a excelência da equipe, uma ótima logística, um ótimo padrão de time para sempre buscar os títulos que disputamos. A pandemia fez com que a gente antecipasse alguns aspectos, e nos replanejamos para que possamos, a partir de agosto, retomar as competições com excelência e qualidade", explica Jeleilate.

Além de Hettsheimeir, os francanos perderam o pivô Cipolini e o ala-armador David Jackson. Por outro lado, renovaram com o ala Lucas Dias, o armador Elinho e o pivô Guilherme Hubner. Também trouxeram de volta ao time os alas André Goes e Danilo Fuzaro, que defendiam o Mogi das Cruzes. "As grandes conquistas do clube em meio à pandemia foram a renovação da parceria com o Sesi e a manutenção do patrocinador máster e de parceiros importantes. A gente sabe que é difícil para o torcedor entender que o time perderá jogadores. Fizemos todas as propostas possíveis, mas dentro de um orçamento, porque o clube precisa ter responsabilidade", argumenta Ferreira, dizendo que o elenco para 2020/2021 será completado por atletas formados na base.

Um dos grandes rivais do Franca, o Bauru, desistiu do último NBB alegando problemas financeiros, um mês após a paralisação do torneio, antes mesmo do cancelamento da competição. No começo de julho, o clube ainda perdeu o patrocinador máster, mas, três semanas depois, anunciou uma nova parceira (Zopone Engenharia), a manutenção do experiente ala Larry Taylor e o primeiro reforço: o armador Alexey, que estava no Mogi. Já nos últimos dias, o agora Zopone/Bauru confirmou duas contratações: o pivo Dikembe, ex-Paulistano e revelação da temporada passada, e do ídolo da torcida baruense, o ala Alex, campeão nacional em 2017, e eleito melhor jogador das finais. 

Ninguém até agora, porém, mexeu-se tanto no mercado quanto a Unifacisa. A equipe de Campina Grande (PB), que iniciou o projeto no basquete há oito anos. O time debutou no NBB justamente na temporada encerrada precocemente. O clube anunciou sete reforços entre junho e julho: o ala-armador Betinho (ex-Pinheiros), os alas Felipe Vezaro (Corinthians) e Nehemias Morillo (São José), os alas-pivôs Vinícius Pastor (Rio Claro) e Rafa Oliveira (São José), o armador Arthur Pecos (Corinthians) e o pivô Paranhos (Mogi). A Unifacisa ainda confirmou a renovação do armador Nate Barnes, destaque do time paraibano na edição 2019/2020.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 15 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 16 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 17 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

lifestyle Signos Há 18 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 17 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

brasil Santa Catarina Há 17 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama Iraque Há 15 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

fama SAMARA-FELIPPO Há 12 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

brasil MORTE-SP Há 11 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 15 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula