Contaminação nas cervejas Backer não foi evento isolado, diz relatório

“As apurações fiscais indicaram que a cervejaria Backer adotou práticas irresponsáveis ao utilizar líquidos refrigerantes tóxicos de forma deliberada", aponta relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

© Divulgação

Brasil Investigação 05/08/20 POR Notícias Ao Minuto Brasil

O relatório final do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a fiscalização após análises e detecção da presença dos contaminantes monoetilenoglicol (MEG) e dietilenoglicol (DEG) em cervejas produzidas pela Backer confirma a ocorrência de contaminações desde janeiro de 2019, afastando a possibilidade de ser um evento isolado no histórico de produção da cervejaria.

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O documento ressalta que as substâncias MEG e DEG não são produzidas pela levedura cervejeira em condições normais de produção da bebida. Também não foram identificadas contaminações dessa natureza em análises realizadas em cervejas nacionais e importadas. A contaminação desse tipo é inédita em alimentos no Brasil, segundo o Mapa.

“As apurações fiscais indicaram que a cervejaria Backer adotou práticas irresponsáveis ao utilizar líquidos refrigerantes tóxicos de forma deliberada em seu estabelecimento, utilizando-os em detrimento de alternativas atóxicas, como propilenoglicol e álcool etílico potável. As contaminações por MEG e DEG não estão restritas a lotes que passaram pelo tanque JB 10, ocorrendo também em cervejas elaboradas anteriormente à instalação deste tanque na cervejaria”, diz o documento.

O relatório aponta ainda diversas falhas e lacunas nos sistemas de controle de gestão internos da cervejaria. Foram identificadas informações incompletas nos relatórios de produção e controles de rastreabilidade ineficientes. 

Segundo o Mapa, a Cervejaria Backer segue interditada até que seja possível afirmar que não há riscos para a produção de cervejas no local. 

Em janeiro, além de fechar a Cervejaria Backer, o Mapa adotou, junto aos demais órgãos, medidas imediatas para interromper a produção e a comercialização dos produtos contaminados por mono e dietilenoglicol. 

Nas dependências da empresa e no comércio de Minas Gerais, mais de 79 mil litros de cerveja, de várias marcas e diversos lotes, com presença dos contaminantes, foram apreendidos. 

No Espírito Santo, os resultados das análises indicaram 9.047 garrafas de cerveja contaminada retiradas dos mercados, totalizando 5.428,2 litros.

Na esfera administrativa, os procedimentos para apuração de responsabilidades já foram iniciados e, segundo o Ministério da Agricultura, seguem os ritos processuais legalmente previstos.

Foram analisadas cerca de 600 amostras de cervejas da Backer. A presença de glicóis fois constatada em 36 lotes produzidos ao longo de 2019 e 2020, em concentrações variadas.

Com informações da Agência Brasil

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