China processa 25 ativistas de Hong Kong que foram a ato proibido

O acontecimento ocorreu em junho

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Mundo CHINA-HONG KONG 07/08/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Vinte e cinco ativistas pró-democracia foram acusados nesta quinta-feira (6) por sua participação, em junho, na vigília anual que recorda os protestos na praça da Paz Celestial de 1989, que havia sido proibida oficialmente pelos riscos de contágio de coronavírus.

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Entre os acusados estão figuras de destaque do movimento pró-democracia, como Joshua Wong, o magnata dos meios de comunicação Jimmy Lai e os líderes da Aliança de Apoio de Movimentos Patrióticos Democráticos da China, que organiza a vigília desde 1990.

Eles foram acusados de "participação deliberada em uma reunião não autorizada". Os 25 ativistas devem comparecer a um tribunal em 15 de setembro.

Lee Cheuk-yan, presidente da Aliança, foi acusado por organizar a cerimônia em 4 de junho no parque Victoria. A vigília atrai muitas pessoas e é o único evento em território chinês que recorda os atos de 1989.

As autoridades da ex-colônia britânica proibiram em junho o evento pela primeira vez em 30 anos, considerando que a pandemia era uma ameaça para a vida e a saúde do público.Naquela data, dezenas de milhares de pessoas exibiram velas em muitos pontos da cidade, em um ato que foi predominantemente pacífico. Houve confronto com a polícia em apenas um bairro.

"É evidente que o regime planeja uma nova onda de repressão contra os ativistas" escreveu Joshua Wong, 23, em uma rede social.

No fim de junho, a China promulgou uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong, que restringiu as possibilidades de ação dos ativistas que protestavam na região.Por essa lei, o governo chinês passou a ter poderes para punir qualquer ato que possa ser encarado como subversão, tentativa de secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras, com penas que incluem prisão perpétua.

Defensores da lei dizem que ela trará estabilidade para Hong Kong, depois de mais de um ano de protestos nas ruas da cidade, um importante centro financeiro da Ásia.

As manifestações começaram tendo como demanda a retirada de um projeto de lei que previa a extradição de pessoas para a China continental, onde há sistema jurídico diferente. A proposta acabou sendo retirada, mas os atos foram ganhando outras demandas.

Houve cenas de confrontos nas ruas entre ativistas e policiais durante meses, com os manifestantes usando táticas criativas, como estilingues gigantes, atos-relâmpago que se dispersavam rapidamente e bloqueios a estradas e ao aeroporto.

A China nunca esclareceu a extensão da repressão ocorrida em 1989. Oficialmente, foram registradas 300 mortes, mas grupos de direitos humanos apontam que milhares de pessoas podem ter sido vítimas das forças estatais.

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