'Saímos com menos de 2 mil', explica Gabbardo sobre previsão de mortes

"No Brasil falar em 100 mil óbitos, nós não acreditamos que chegue nesse número. Vamos trabalhar para que não aconteça", afirmou Gabbardo à época, quando havia 359 mortos e 9.056 casos da covid-19 no País

© Shutterstock

Brasil Covid-19 09/08/20 POR Estadao Conteudo

Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo disse, em 3 de abril, que o Brasil dificilmente chegaria a 100 mil mortos pela covid-19. A declaração passou a circular nas redes sociais neste sábado, 8, quando o Brasil superou a trágica marca.

PUB

"No Brasil falar em 100 mil óbitos, nós não acreditamos que chegue nesse número. Vamos trabalhar para que não aconteça", afirmou Gabbardo à época, quando havia 359 mortos e 9.056 casos da covid-19 no País.

Agora coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19 em São Paulo, Gabbardo justifica a previsão: "Saímos do Ministério da Saúde com menos de 2 mil óbitos", afirma, referindo-se à soma de vítimas em 16 de abril, quando o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido.

O ex-secretário disse ainda ao Estadão que a análise foi feita por comparação de estatísticas de mortos da China. "Se as informações estivessem subnotificadas, essa previsão poderia ser alterada."

A previsão de Gabbardo foi feita em coletiva à imprensa no começo de abril. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), sugeriu, na mesma ocasião, que os dados da China poderiam estar errados. "A não ser que o número da China não seja o que retrate a realidade. Isso daí as academias de ciência do mundo inteiro estão analisando", disse.

O oncologista Nelson Teich assumiu a Saúde na saída de Mandetta. Ele pediu demissão menos de um mês depois, em 15 de maio, quando o País registrava cerca de 15 mil mortes. Há 84 dias a pasta é comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello, período em que o número de mortes ultrapassou 100 mil.

Sabotagem

Em entrevista ao Estadão, Mandetta disse que, apesar de "sabotagem enorme" do chefe do Executivo, o cenário seria "infinitamente pior" se o presidente tivesse imposto uma estratégia de isolamento vertical.

"A gente conseguiu, durante um intervalo, falar para a população brasileira a realidade. E as pessoas conseguiram montar algumas defesas. Muita gente permanece fazendo o que é correto. Se fosse aquela história de quarentena vertical, sai todo mundo de casa e somente pessoas acima de 65 anos ficam, teria sido um número infinitamente superior", disse Mandetta ao Estadão.

"Ele (Bolsonaro) foi negacionista desde os primeiros dias. Entregou o jogo no primeiro tempo. A gente tentava trazê-lo de volta para a realidade. Mas ele se recusou. E se recusa até hoje a encarar a realidade, de que é falso o dilema entre economia e saúde", afirmou Mandetta.

O Planalto não quis comentar as declarações de Mandetta.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 17 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 17 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 17 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 10 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

brasil São Paulo Há 9 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

brasil Brasil Há 16 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

fama Demi Moore Há 15 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

esporte Liga dos Campeões Há 15 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

esporte Ayrton Senna Há 16 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 15 Horas

'Castelo do Harry Potter' é destruído após ataque russo no porto de Odessa