Quatro investigações apuram crimes ligados ao capitão Adriano

Ao menos quatro frentes de investigação ainda podem atingir amigos, aliados e familiares de Adriano Magalhães da Nóbrega

© Divulgação

Justiça Investigação 14/08/20 POR Estadao Conteudo

Embora o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega tenha morrido há seis meses, crimes atribuídos a ele continuam no radar da polícia e do Ministério Público (MP). Ao menos quatro frentes de investigação ainda podem atingir amigos, aliados e familiares de Nóbrega.

PUB

Acusado de ter sido um dos milicianos mais poderosos, influentes e perigosos do Rio, Nóbrega era suspeito em homicídios, extorsão, agressão e lavagem de dinheiro.

A investigação mais sensível é a que apura um suposto esquema de "rachadinha" (apropriação do salário de assessores) e nomeações de funcionários fantasmas no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) entre 2007 a 2018. Nóbrega empregou a mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher, Danielle Mendonça da Nóbrega, por 11 anos na Alerj, contratadas como assessoras no gabinete do então deputado Flávio.

Raimunda e Danielle receberam R$ 1 milhão em salários da Alerj e devolveram pelo menos R$ 202 mil, por meio de transferências para a conta de Queiroz, e outros R$ 200 mil ainda não identificados. Promotores acreditam que Queiroz e capitão Adriano, que serviram juntos na PM, agiram, desde o início das investigações, para atrapalhar o MP e a Justiça, pedindo, por exemplo, para testemunhas não prestarem depoimento.

Outra investigação é sobre a relação de Nóbrega com contraventores. O capitão da PM foi preso em 2011 numa operação contra o jogo do bicho, acusado de homicídio. O crime estaria ligado com a disputa entre herdeiros do bicheiro pelo controle de pontos do jogo do bicho e, em especial, de exploração de máquinas caça-níquel.

Pelo menos seis assassinatos, entre 2005 e 2010, são atribuídos a capitão Adriano e outros policiais, a mando dos contraventores. A ligação com contraventores e as prisões resultaram na expulsão de Adriano da PM em 2014.

O terceiro inquérito versa sobre a participação de Nóbrega no comando do grupo que controla Rio das Pedras. Isso levou capitão Adriano e outros policiais e ex-policiais a serem alvos das operações Intocáveis I e II, em janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Nóbrega fugiu em 22 de janeiro de 2019.

A última investigação é sobre a participação dele no Escritório do Crime, grupo especializado em mortes por encomenda que cobrava até R$ 1,5 milhão por homicídio.

Em fevereiro de 2020, na semana em que Nóbrega morreu na Bahia, seu advogado, Paulo Emilio Catta Preta, entregou à Justiça do Rio a defesa do processo da Operação Intocáveis. Os defensores pediram a "absolvição" do cliente, negaram todas as acusações do Ministério Público, apontaram falta de provas e ilegalidades e cerceamento de direitos, nas investigações e no processo.

Capitão Adriano considerava sua expulsão da PM, em 2014, injusta e tinha entrado com processo, contra a demissão. Rechaçou todas as acusações que o vinculavam aos crimes narrados e com a suposta "milícia de Rio de Pedras". Ele não teve nenhuma pena transitada em julgado, segundo a defesa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Iraque Há 6 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

fama A Grande Conquista 2 Há 7 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

mundo Posição de Lótus Há 8 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

politica Arthur Lira Há 8 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 9 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

lifestyle Signos Há 9 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

brasil Santa Catarina Há 9 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

mundo Guangzhou Há 6 Horas

Tornado atinge cidade na China e deixa rastro de destruição; vídeo

economia REINHART-KOSELLECK Há 7 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula

mundo Inglaterra Há 10 Horas

Menina de 2 anos doa medula e salva vida a irmã com leucemia