Mendes nega pedido de suspensão e troca de comando da CPMI da fake news

No mandado de segurança impetrado no Supremo, os deputados alegavam que durante o curso da CPMI das fake news 'ocorreu o desvirtuamento de seu objeto.

© Reuters

Política fake news 17/08/20 POR Estadao Conteudo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, negou mandado de segurança apresentado à Corte por parlamentares bolsonaristas para suspender e trocar o comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das fake news. Segundo o magistrado, os trabalhos do grupo são de 'vital importância para desvendar a atuação de verdadeiras quadrilhas organizadas que, por meio de mecanismos ocultos de financiamento, impulsionam estratégias de desinformação, atuam como milícias digitais, que manipulam o debate público e violam a ordem democrática'.

PUB

"Embaraçar essa investigação não é direito, e muito menos líquido e certo, de ninguém", escreveu o ministro ao negar pedido de Bia Kicis, Carla Zambelli, Carlos Jordy, Aline Sleutjes e outros.

De acordo com Gilmar, os fatos apurados pela CPMI tem a 'mais alta relevância para a preservação da ordem constitucional'. "Não à toa, há uma crescente preocupação mundial com os impactos que a disseminação de estratégias de desinformação e de notícias falsas tem provocado sobre os processos eleitorais".

No mandado de segurança impetrado no Supremo, os deputados alegavam que durante o curso da CPMI das fake news 'ocorreu o desvirtuamento de seu objeto, com o intuito de deslegitimar não apenas o processo eleitoral dos membros do Partido Social Liberal, incluindo o presidente Jair Bolsonaro'.

Além da suspensão dos trabalhos da CPMI, os parlamentares defendiam a suspeição do presidente do grupo, senador Ângelo Coronel, e da relatora, deputada federal Lídice da Mata, sob o argumento de que 'teriam demonstrado falta de imparcialidade ao proferirem declarações tendenciosas e ataques a apoiadores do Governo'.

No entanto, ao analisar o caso, Gilmar ponderou que o Congresso Nacional possui mecanismos institucionais próprios 'para lidar com eventuais desvios comportamentais de um parlamentar'. Segundo ele, os autores da ação não são, nem indiretamente, 'titulares da atribuição correicional parlamentar' e assim os mesmos não tem ' direto líquido e certo de remover Presidente - eleito pelo colegiado - ou destituir Relatora da CPMI por motivos afetos ao comportamento das autoridades'.

"Aliás, parece fora de qualquer margem de dúvida que a situação exposta como causa de pedir, a suposta falta de imparcialidade, pudesse render, no âmbito do Poder Legislativo, a consequência de demover as autoridades coatoras de suas funções. Ora, afirmar que determinado Deputado ou Senador revela-se 'parcial' porque ostenta posicionamento político diverso pressupõe desconhecimento acerca do papel constitucionalmente esperado de quem representa determinada corrente político-partidária", escreveu o ministro em sua decisão.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 7 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

fama Bastidores da TV Há 4 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

mundo EUA Há 5 Horas

Mulher vence loteria de 1 milhão pela segunda vez em 10 semanas

brasil Brasil Há 4 Horas

Pastor assume que beijou filha na boca: "Que mulherão! Ai, se eu te pego"

fama MADONNA-CANTORA Há 22 Horas

Madonna pede para aprovar figurino de Anitta antes do show em Copacabana

mundo Oklahoma Há 21 Horas

Criança salva pais durante tornado nos EUA: "Por favor, não morram"

tech Espaço Há 6 Horas

Missão europeia revela imagens mais detalhadas da superfície do Sol

brasil CHUVA-RS Há 6 Horas

Temporais no RS matam 31, inundam cidades e isolam moradores sem resgate

lifestyle Bolor Há 23 Horas

Casa com bolor ou mofo? Saiba o que pode acontecer ao seu corpo

brasil CHUVA-RS Há 21 Horas

Sobe para 13 número de mortos nos temporais do Rio Grande do Sul