Bolsonaro diverge de Guedes e quer R$ 300 para auxílio emergencial

O auxílio emergencial é o maior gasto do governo com a crise de saúde.

© Reuters

Economia AUXÍLIO-EMERGENCIAL 24/08/20 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro discute com a equipe econômica estender o auxílio-emergencial até o final do ano com um valor de pelo menos R$ 300. Em reunião nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, o presidente foi apresentado a uma proposta de R$ 270. Segundo relatos feitos à Folha, no entanto, ele pediu para a equipe econômica chegar a um valor superior a R$ 300.

PUB

"Estou pensando em prorrogar por mais alguns meses, mas não com R$ 600 e nem com R$ 200. Um meio-termo aí até a economia pegar", disse o presidente a um grupo de eleitores nesta segunda-feira (24).A falta de consenso sobre o valor do auxílio-emergencial está entre os motivos que levaram ao adiamento do anúncio do pacote econômico e social previsto para esta terça-feira (25) no Palácio do Planalto.

Com as projeções para a dívida pública próximas de 100% do PIB (produto interno bruto) para o encerramento deste ano, Guedes atua para evitar uma expansão descontrolada de gastos.

O auxílio emergencial é o maior gasto do governo com a crise de saúde. O desembolso já supera R$ 254 bilhões. Cada nova parcela de R$ 600 teve custo estimado de R$ 50 bilhões.

O objetivo de Guedes era convencer Bolsonaro a fazer com que o auxílio-emergencial tenha uma transição para o Renda Brasil. Por isso, trabalhava por uma redução do valor das parcelas. Primeiro, propôs pagamentos de R$ 200. Diante da pressão, aceitou liberar um valor maior, mas resiste a liberações de R$ 300 ou mais.

Também há divergências em torno do novo programa social. Técnicos afirmam que a pasta faz os últimos ajustes em torno da abrangência e do valor do benefício do Renda Brasil.

Para compensar o novo programa, que pode ter um custo anual de R$ 20 bilhões acima do Orçamento do Bolsa Família, Guedes quer propor a extinção de assistências consideradas ineficientes, como abono salarial, seguro-defeso e farmácia popular.

Pessoas próximas ao ministro afirmam que a proposta do Renda Brasil não está pronta porque técnicos ainda trabalham com diferentes cenários. O valor do benefício vai depender do número de pessoas atendidas e da verba disponibilizada.

Membros da pasta ainda levaram para a discussão da área social a necessidade de controle de despesas públicas após a pandemia do novo coronavírus, o que pode impor uma limitação ao valor do benefício.

Por decisão de Guedes, o Renda Brasil passou a ser desenhado dentro de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita no Congresso e trata, entre outros pontos, de medidas de ajuste fiscal e retiradas de amarras do Orçamento com o objetivo de abrir espaço para gastos do governo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 16 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

mundo Coreia do Norte Há 18 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

brasil CHUVA-RS Há 14 Horas

Submersa há 15 dias, cidade mais afetada do RS reabre casas a conta gotas

fama Sean Diddy Combs Há 18 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

justica São Paulo Há 18 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 17 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

lifestyle Signos Há 19 Horas

Os cinco signos mais estranhos do zodíaco. Conhece alguém da lista?

mundo EUA Há 19 Horas

Motorista de 23 anos morre após ser atingida na cabeça por pedra nos EUA

brasil sul do brasil Há 18 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta

tech Apple Há 19 Horas

O iPhone 16 poderá ter melhor bateria do que o antecessor