PCC pagava valores mais altos a bandidos que matavam agentes, diz PF

Valores altos eram pagos a quem tenha assassinado agentes públicos

© Reuters

Justiça Agentes públicos 31/08/20 POR Estadao Conteudo

A força-tarefa montada pela Polícia Federal (PF) para as investigações que resultaram na Operação Caixa Forte 2, deflagrada nesta segunda-feira, 31, identificou um "tabelamento" para o pagamento de "mesadas" a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) presos, que oscila conforme serviços prestados à facção. Valores mais altos eram pagos a quem tenha assassinado agentes públicos.

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Os recursos chegavam aos integrantes via contas bancárias de familiares dos presos ou pessoas contactadas pelo PCC para receber os recursos. A força-tarefa conseguiu o bloqueio de R$ 252 milhões em 252 contas. Ou seja, a corporação acredita haver até R$ 1 milhão em cada conta. A PF ainda não tem o valor bloqueado em cada uma das contas-correntes, mas informou que os bloqueios já foram realizados.

Segundo o coordenador da operação, delegado Alexander Castro, as transferências aos integrantes da facção se baseavam em três critérios. "Os valores variavam de acordo com os motivos pelos quais os integrantes da facção foram enviados ao sistema penitenciário federal. Então se ele foi remetido ao sistema penitenciário federal por pertencer à facção criminosa, recebia "x", se por exercer algum cargo de relevo na facção, "2x", e se executou alguma missão da facção recebe o valor "3x", leia-se, ter matado algum servidor público", disse.

A Polícia Federal não confirmou se Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o principal líder do PCC, está entre os investigados da operação deflagrada contra a facção nesta segunda. Informou, no entanto, que toda a cúpula da organização criminosa está sendo investigada. Marcola está preso em Brasília. Entre os investigados estão integrantes do PCC que estão no exterior.

A operação

De acordo com a PF, a Operação Caixa Forte 2 visa a desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, além de prender lideranças e mirar diversas pessoas ligadas à facção que serviam como "laranjas" e lavavam dinheiro de "mesadas" que o grupo pagava a seus integrantes.

A ação busca cumprir 623 ordens judiciais - 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em 19 Estados e no Distrito Federal. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte que determinou ainda o bloqueio de até R$ 252 milhões dos investigados.

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