De carro, passeio no Zoo Safári atrai mais

O crescimento no movimento se dá mesmo com as novas regras adotadas após a reabertura do espaço para evitar a disseminação do vírus. O local foi fechado em 21 de março e reabriu em 13 de julho

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Brasil São Paulo 07/09/20 POR Estadao Conteudo

Disponível para filmes e shows durante a pandemia do novo coronavírus, o modelo drive-in está fazendo sucesso em um passeio que já usava o formato e, agora, está atraindo famílias que querem oferecer opção de diversão sem aglomeração para as crianças. Apenas no primeiro mês após sua reabertura, em julho, o Zoo Safári registrou aumento de 35% no número de visitantes em relação ao mesmo período do ano passado.

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O crescimento no movimento se dá mesmo com as novas regras adotadas após a reabertura do espaço para evitar a disseminação do vírus. O local foi fechado em 21 de março e reabriu em 13 de julho. No novo formato, as vans não estão sendo mais utilizadas e também não é possível alimentar os animais.

O atendimento foi reduzido em 50%, de modo que 500 veículos particulares podem acessar o espaço por dia. O uso de máscaras é obrigatório e os visitantes têm a temperatura verificada na entrada. Os carros só avançam pelo local após desinfecção das rodas com uma solução de hipoclorito de sódio na portaria. O safári fica em SP.

O advogado Gabriel Marques, de 31 anos, resolveu visitar o local com a sobrinha Beatriz Marques, de 3 anos, na semana passada, para oferecer uma atividade diferente para a criança, que está em isolamento social. "Para ela, foi fantástico. Ela estava impressionada com os animais e por poder chegar perto deles. Foi uma forma de sair de casa e fazer um programa com segurança, porque a gente fica dentro do carro e não tem interação com ninguém de fora, mas tem contato com a natureza. Por isso que escolhi ir lá em vez de ir ao Zoológico ou a qualquer outro parque."

Os números da Fundação Parque Zoológico de São Paulo mostram que a procura pelo Zoológico caiu quase 68% no mesmo período - o local também está funcionando com 50% de sua capacidade. Foram 137.711 pessoas entre 13 de julho e 12 de agosto do ano passado e 44.544 pessoas no mesmo período deste ano. No Zoo Safári, passou de 13.219 para 17.893 visitantes.

Diretora administrativa da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Fátima Viveiros Valente diz que o mês de agosto não costuma ter movimento, mas a possibilidade de fazer o passeio dentro do carro tem atraído muitos visitantes.

"As pessoas estão em casa e estão conseguindo organizar a rotina. Se as crianças tiverem aulas de manhã, podem vir à tarde. Acho que tende a ser um modelo mais adotado, tem a moda para assistir filme, resgatar coisas que aconteciam no passado. Há crianças que não passaram por isso e alinhar a natureza com essa novidade pode funcionar. É uma forma de desconectar da tecnologia também."

Um post na rede social de um casal de amigos incentivou a enfermeira Angelina Romano, de 35 anos, a ir ao Zoo Safári com o marido, o médico Lucas Romano, de 34 anos, e a filha Alice, de 2 anos. De férias, ela aprovou o passeio. "A gente decidiu que não ia viajar e foi muito legal. A Alice curtiu muito, porque ela adora animais. A gente fica dentro do carro e acaba sendo até melhor para uma criança da idade dela."

Inaugurado em junho de 2001, o Zoo Safári ocupa uma área de 80 mil m² e permite que os visitantes observem cervos, camelos, leões, girafas, diferentes espécies de macaco e aves. São mais de 160 animais. O passeio dura cerca de uma hora.

Pandemia traz prejuízo; governo prevê concessão

Responsável pelo Zoo Safári e pelo Zoológico, a Fundação Parque Zoológico de São Paulo tem 62 anos e também realiza trabalhos de manutenção e reprodução de espécies ameaçadas de extinção, pesquisas científicas e atividades de educação ambiental.

A entidade enfrentou crises nos últimos anos, uma delas em 2018, quando o Zoológico e o Zoo Safári tiveram de ficar fechados por quase dois meses por causa da morte de um macaco bugio por febre amarela. A pandemia também trouxe prejuízos, estimados em cerca de R$ 6 milhões. "Agora, (o prejuízo) foi, em média, de R$ 6 milhões, mas a gente conseguiu assumir esse prejuízo com economias, em torno de R$ 2 milhões até junho, porque tinha também a arrecadação dos anos anteriores."

Mas a entidade pode ser extinta e repassada à iniciativa privada se um projeto de lei apresentado pelo governador João Doria (PSDB) for aprovado. O PL foi entregue à Assembleia Legislativa com solicitação para ser analisado em caráter de urgência e está sendo avaliado por comissões.

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente informou que o Estado tenta evitar um déficit em 2021 e que a arrecadação da fundação não supre todas as despesas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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