Pelo 3º dia seguido, policiais protestam por salários na Argentina

O protesto é apoiado por parte da sociedade que se opôs à liberação de cerca de 4.500 presos por conta do risco de contaminação pelo novo coronavírus nas cadeias superlotadas

© Getty

© Getty

Mundo ARGENTINA-POLÍCIA 10/09/20 POR Folhapress


BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fez um pronunciamento em rede nacional na noite desta quarta-feira (9) para tentar acalmar os protestos da polícia da província de Buenos Aires, que chegaram ao terceiro dia e levaram agentes armados para a frente da residência presidencial.

PUB

Os policiais reclamam por melhores salários e programaram uma vigília para a noite desta quarta diante da casa do governador da província, Alex Kicillof. A segurança foi reforçada no local.

"Todos os que estamos aqui queremos resolver os problemas, mas peço que respeitemos as instituições. Essa não é a maneira de fazer isso, e espero que reflitam e mudem de mecânica", disse Fernández, acompanhado de ministros e governadores.

Durante todo o dia, os policiais fizeram protestos em diferentes pontos da área metropolitana de Buenos Aires, especialmente em La Matanza -um dos distritos mais populosos e de maior criminalidade no chamado "conurbano".

Na pauta dos agentes, também estão reclamações por terem tido companheiros mortos por criminosos nas últimas semanas.

O protesto é apoiado por parte da sociedade que se opôs à liberação de cerca de 4.500 presos por conta do risco de contaminação pelo novo coronavírus nas cadeias superlotadas.

Os policiais dizem que a reclamação é salarial e que o protesto não é político. Sem reajustes desde novembro, eles recebem cerca de 37 mil pesos por mês (cerca de R$ 2.600). Com a quarentena e o aumento do desemprego -foram perdidos 280 mil postos de trabalho desde o início da pandemia–, há uma onda de violência no país, e os policiais dizem que não recebem o suficiente para combater o crime.

Houve dois momentos de tensão durante o dia: quando um grupo pediu a renúncia do ministro da Segurança da província, Sergio Berni, e quando outro se dirigiu armado à Quinta de Olivos, residência de Fernández. "Este não é um modo de reclamar. Não é tudo o que está permitido", disse o presidente argentino.

O mandatário anunciou que haverá um repasse de fundos antes destinados à capital federal para a província, para sanar o problema dos salários. Isso aumenta a fricção política que há entre o peronismo, grupo do presidente, com o comando da cidade de Buenos Aires, que é da oposição.Ainda assim, depois do pronunciamento, continuava a aglomeração do lado de fora de Olivos, com buzinaços e a presença tanto de manifestantes comuns quanto de policiais de uniforme.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 11 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 12 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 13 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 13 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

lifestyle Signos Há 14 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama Iraque Há 10 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil Santa Catarina Há 13 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama SAMARA-FELIPPO Há 8 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

economia REINHART-KOSELLECK Há 11 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula

brasil MORTE-SP Há 7 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico