De Pelé a Neymar, jogadores celebridades são alvos de estudos na academia

A escalação desse time é restrita. Começa com Arthur Friedenreich, passa por Leônidas da Silva e chega em Pelé, a grande estrela e ícone mundial

© null

Esporte Fenômenos 20/09/20 POR Estadao Conteudo

O futebol brasileiro tem um histórico de atletas fenomenais que extrapolaram os campos, tornaram-se ícones nacionais, verdadeiras celebridades. A depender do recorte que for feito, dá para incluir mais de uma dezenas dessas personalidades. Desde o início do século passado até os dias de hoje, esses esportistas souberam como ninguém aproveitar a fama para alavancar suas imagens.

PUB

 

A escalação desse time é restrita. Começa com Arthur Friedenreich, passa por Leônidas da Silva e chega em Pelé, a grande estrela e ícone mundial. O futebol muda de status, entra para a era da globalização com Ronaldo Fenômeno. Surge a internet, as redes sociais com Neymar como seu principal representante, sem dúvidas o craque mais exposto entre todos esses.

O jornalista e pesquisador Celso Unzelte escreveu uma tese de mestrado chamada Futebol em revista no Brasil: dos primeiros títulos à resistente Placar. Juntamente com o levantamento histórico de publicações, ele realizou detalhada pesquisa iconográfica, além de entrevistas com jornalistas da área.

Arthur Friedenreich jogou bola entre 1909 e 1935. Ídolo do Flamengo e do São Paulo, foi o primeiro jogador de futebol a ocupar a capa de uma revista, em 1917, na edição de número 3 da Cigarra Esportiva. Foi destaque também das capas das quatro edições seguintes. "Era um período que os ídolos do futebol eram ou paulistas ou cariocas. Friedenreich transcendeu isso graças à disputa do Sul-Americano de 1919 com a seleção brasileira", conta Unzelte.

A historiadora Diana Mendes fez uma pesquisa de doutorado em jornais e revistas do início do século passado, entre os anos de 1910 e 1942. O trabalho dela ficou em cima de dois nomes: Marcos Carneiro de Mendonça, que foi goleiro do Fluminense, e Leônidas da Silva. O primeiro foi um atleta vindo da elite, cuja a família circulava nas colunas sociais. O outro, um negro, de origem humilde, buscando espaço em um esporte até então elitista e preconceituoso.

Leônidas atuou profissionalmente entre 1929 e 1950 e passou a ser figura requisitada nas propagandas. Tinha um relógio com seu nome, fez comercial de carro e teve até um chocolate da Lacta batizado com seu apelido dos gramados: Diamante Negro. Era um período antes da televisão, onde a força de propagação das notícias vinha do rádio.

Após Leônidas romper protocolos no futebol e tornar-se o primeiro ídolo negro, Pelé tratou de alçar o futebol a outras proporções, capaz até de parar uma guerra, em 1969. Pelé tornou-se uma marca, possui um departamento de licenciamento. As exposições e associações ao seu nome são feitas de maneira criteriosa, pois carregam outros patrocinadores.

Pelé é uma lenda viva. Além dos comerciais, participou de filmes, virou nome de estádio. Existe o Museu Pelé, em Santos. Transcende o futebol. "Tem que lembrar que eram outros tempos, outros valores. O Pelé foi ganhar dinheiro depois que parou, quando assinou contrato com a Warner para jogar nos EUA. No Brasil, ele tinha um bom salário. A Lacta explorou a marca Diamante Negro por décadas. O livro do André Ribeiro, Os Donos do Espetáculo, conta que o Leônidas trocou o uso da marca por uma caixa de goiabada", explica Unzelte.

O fenômeno midiático seguinte foi Ronaldo, apesar de nos anos 80 o futebol brasileiro ter revelado grandes craques que também fizeram comerciais de televisão como Zico, Sócrates e Falcão. Mas Ronaldo apareceu em um momento de transformação do negócio futebol, de maior profissionalização, de globalização, nos anos 90, quando os direitos televisivos do futebol transformaram o esporte num negócio bilionário.

Ronaldo revolucionou o marketing esportivo mundial e não é exagero compará-lo a Michael Jordan, ambos astros com contrato vitalício com a Nike. Pode-se dizer que foi o primeiro craque da era digital. O primeiro também a contar com um estafe para cuidar da sua imagem. Era um astro pop amigo de celebridades como o cantor Bono Vox, namorou atrizes e modelos e virou até personagem de Os Simpsons.

A internet e depois as redes sociais começaram a expor muito mais os ídolos esportivos. Ronaldo chegou a vender seu endereço no twitter para uma empresa de telefonia em 2010. Neymar, nos últimos anos, é o principal ícone nessa transformação tecnológica.

"Agora é o momento em que o jogador tem suas próprias redes sociais, onde ele muitas vezes acaba gerando a pauta. As redes sociais são um rastilho de pólvora, é muito mais rápido do que era com o rádio e com a televisão", diz Unzelte.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Rei Charles III Há 20 Horas

Saúde de Charles III piora e detalhes do funeral são refeitos, diz site

lifestyle Câncer Há 18 Horas

10 sintomas de câncer que muitas vezes passam despercebidos

fama Harry Há 21 Horas

Príncipe Harry deixou residência real ‘ aos prantos’ após ser despejado

fama Argentina Há 21 Horas

Miss Universo Buenos Aires elege modelo de 60 anos; conheça

fama Salma Hayek Há 20 Horas

Salma Hayek celebra 15 anos de casamento com fotos inéditas da cerimônia

fama Luto Há 11 Horas

Morre Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, vítima de câncer

esporte Brasil Há 15 Horas

Estátua de Daniel Alves em Juazeiro vai ser retirada; entenda

fama Redes Sociais Há 12 Horas

Livian Aragão, filha de Didi, sugere plágio e leva invertida na web

lifestyle Peso Há 21 Horas

Especialista revela os alimentos populares que engordam (e muito)

fama Emergência Médica Há 19 Horas

Cantor Anderson Leonardo, tem piora, e seu estado de saúde é grave