Russomanno sugere que falta de banho deixa moradores de rua resistentes à covid

O deputado disse ainda conhecer casos de famílias que residem em moradias superlotadas nas quais não há nenhum caso da doença.

© Reprodução

Política Celso Russomanno 14/10/20 POR Estadao Conteudo

Ao defender o isolamento vertical - modalidade de afastamento defendida pelo presidente Jair Bolsonaro em que apenas pessoas de grupos de risco da covid-19 ficam em casa -, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) sugeriu que moradores de rua podem ser mais resistentes ao novo coronavírus porque não conseguem tomar banho todos os dias.

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"Temos casos pontuais, não temos uma quantidade imensa de moradores de rua com problema de covid. Talvez eles sejam mais resistentes que a gente porque eles convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho todos os dias, etcetera e tal. Mas não era o que se esperava", disse o deputado, que é candidato à Prefeitura de São Paulo e está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

A frase foi dita por Russomanno na coletiva de imprensa realizada após a participação dele em um evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que vem recebendo todos os postulantes ao cargo de prefeito.

"Todo mundo esperava que a covid tomasse conta de todo mundo, até porque eles (moradores de rua) não têm esse afastamento que foi pré-estabelecido por orientações da Organização Mundial da Saúde e pelo governo e eles estão aí", afirmou.

O deputado disse ainda conhecer casos de famílias que residem em moradias superlotadas nas quais não há nenhum caso da doença. "Se a gente andar pela periferia e entrar nas casas, como eu entro quando estou defendendo o consumidor, por problema de geladeira de um eletrodoméstico - são pessoas que geralmente vivem com quatro, cinco pessoas em um mesmo cômodo e que não têm afastamento absolutamente nenhum e que a família inteira não contraiu a doença", disse.

Russomanno citou esses casos de falta de isolamento ao defender a verticalização do isolamento social. "Se você sair para a periferia, você vai ver que o isolamento não existe. O isolamento existe na classe média alta, nas periferias não. Eu estou rodando as periferias desde quando começou a pandemia, fazendo o que vocês fazem, fazendo reportagens", defendeu.

"Esse isolamento deveria ter sido feito, depois dos primeiros 30 dias, de forma vertical, cuidando das pessoas com problemas respiratórios, das pessoas cardíacas, dos idosos, das pessoas com deficiência. Deveria ter sido cuidado disso, e não fechado o comércio do jeito que foi feito, quebrando e desempregado todo mundo", argumentou. As declarações foram dadas durante a coletiva de imprensa após a fala dele na ACSP.

Na ocasião, ele foi questionado por um repórter sobre um trecho de sua participação no evento em que defendeu o isolamento vertical e afirmou que a pandemia não teria afetado - da maneira como o governo paulista esperava - os moradores de rua e os moradores da região da cracolândia, no centro de São Paulo.

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