EUA impõem sobretaxa a alumínio do Brasil e mais 17 países

O alumínio é apontado por industriais e construtoras como um dos produtos escassos durante a retomada econômica após a pandemia

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Economia Negócios 21/10/20 POR Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os produtores de alumínio do país foram surpreendidos no início do mês com a imposição de sobretaxa para as importações pelos Estados Unidos, maior mercado externo de chapas brasileiras. A medida foi anunciada uma semana antes de acordo entre os dois países sobre medidas de facilitação de comércio.

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De acordo com a Abal (Associação Brasileira do Alumínio), a sobretaxa inviabiliza totalmente as exportações para o mercado americano. "Na prática, paramos de exportar", disse em nota o presidente executivo da entidade, Milton Rego.

Em 2019, segundo a Abal, ,o Brasil enviou 31,5 mil toneladas de alumínio aos Estados Unidos, o que correspondeu a US$ 90,3 milhões (cerca de R$ 500 milhões, pela cotação atual).

Entre janeiro e agosto de 2020, as exportações brasileiras de alumínio somaram US$ 600 milhões (R$ 3,3 bilhões), 5,9% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Em volume, a alta é maior, de 42%, para 233,5 mil toneladas.

A Abal diz que as novas taxas variam entre 50% e 137%, de acordo com o exportador. Antes, havia a opção de sobretaxa de 10% ou pela adoção de cotas de exportação, opção escolhida pelos produtores de alumínio brasileiros.

Os novos valores começaram a vigorar no dia 9 de outubro e valem para 18 países que são acusados por produtores americanos de praticar dumping (fornecimento de produtos abaixo do preço de custo).

A denúncia foi feita à OMC (Organização Mundial do Comércio) ha três meses, mas diante das reclamações dos produtores locais, o governo Donald Trump decidiu aplicar as sobretaxas preventivamente.

Os países impactados vinham substituindo as exportações chinesas ao mercado americano, prejudicadas pela guerra comercial entre os dois países.

A imposição de sobretaxa ocorre em meio à campanha eleitoral nos Estados Unidos e num momento em que Estados Unidos e Brasil tentam reforçar a imagem de parceiros comerciais, com a assinatura de acordos de cooperação que incluem compromissos para avançar no comércio de bens e serviços, bem como a busca por possibilidades de financiamento.

"Nós acreditamos que o acordo de colaboração econômica entre os Estados Unidos e o Brasil terá resultados promissores", declarou nesta terça (20) a presidente do banco de exportações norte-americano, Kimberly Reed, em visita a Brasília.

A delegação foi liderada pelo conselheiro de Segurança Nacional do governo Trump, Robert O'Brien e teve como principal objetivo pressionar autoridades brasileiras a criar barreiras para a participação da empresa chinesa Huawei no futuro mercado de internet 5G.

O alumínio é apontado por industriais e construtoras brasileiros como um dos produtos escassos durante a retomada econômica após a pandemia.

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