Dérbi feminino decide finalista do Brasileiro e simboliza transformação

Os rivais fazem o jogo de ida pela semifinal do Campeonato Brasileiro Feminino. A volta será na segunda-feira (16), às 19h, na Neo Química Arena

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Esporte Campeonato Brasileiro 08/11/20 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Palmeiras e Corinthians escreverão neste domingo (8), às 20h, no Allianz Parque, um capítulo simbólico da história do dérbi.

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Os rivais fazem o jogo de ida pela semifinal do Campeonato Brasileiro Feminino. A volta será na segunda-feira (16), às 19h, na Neo Química Arena.

Nos principais palcos dos clubes, cercadas de expectativa entre os torcedores e com exibição ao vivo pela Band, as partidas terão visibilidade que nem sempre acompanhou este clássico quando disputado pelas mulheres.

Se a história do dérbi masculino é recheada de registros históricos, o mesmo não acontece com o feminino.

Disputado a partir de 1997, segundo registros dos próprios clubes, o confronto tem várias lacunas em sua história de poucos mais de duas décadas. Quase não há, por exemplo, informações sobre o primeiro jogo entre os rivais, pelo Campeonato Paulista, realizado há 23 anos.

Palmeiras e Corinthians escreverão neste domingo (8), às 20h, no Allianz Parque, um capítulo simbólico da história do dérbi.

Os rivais fazem o jogo de ida pela semifinal do Campeonato Brasileiro Feminino. A volta será na segunda-feira (16), às 19h, na Neo Química Arena.

Nos principais palcos dos clubes, cercadas de expectativa entre os torcedores e com exibição ao vivo pela Band, as partidas terão visibilidade que nem sempre acompanhou este clássico quando disputado pelas mulheres.

Se a história do dérbi masculino é recheada de registros históricos, o mesmo não acontece com o feminino.

Disputado a partir de 1997, segundo registros dos próprios clubes, o confronto tem várias lacunas em sua história de poucos mais de duas décadas. Quase não há, por exemplo, informações sobre o primeiro jogo entre os rivais, pelo Campeonato Paulista, realizado há 23 anos.

A ex-meio-campista estava correta sobre o local do jogo, mas esse não é um acerto que a deixe feliz. "O fato de essas imagens não terem sido guardadas mostra a invisibilidade que o futebol feminino tinha", aponta. "Apesar de ter sido transmitido em televisão aberta, existia a falta de respeito com a gente."

Jovens jogadoras dos atuais elencos de Corinthians e Palmeiras sentem reflexos disso. Artilheira do time alvinegro no Nacional, com sete gols, Giovanna Crivelari, 27, não se lembra de ter visto times femininos na TV durante sua infância. "Acho que só aos 17, 18 anos que eu vi um jogo pela primeira vez na TV, na Rede Vida. Quando era criança, costumava ver jogos do masculino com meu pai e amigos."

Giovanna se orgulha de fazer parte de uma geração que tem mais visibilidade. "As meninas que sonham em jogar futebol, que se espalham em nós, agora podem nos acompanhar pela TV e sonhar em jogar um dia também."

Para a ex-preparadora física Walesca Buceme, que trabalhava no Palmeiras em 1997 e chegou a dirigir o time como interina, as conquistas ainda não afastaram o preconceito no futebol feminino. "Machismo sempre vai ter no futebol. No Brasil e no mundo, a cultura é essa, futebol é coisa para homem."

Ela, no entanto, diz que vê uma evolução em curso, com transformações puxadas pelo desempenho da seleção brasileira desde o início da trajetória da atacante Marta com a camisa amarela, em 2002. "O sucesso da Marta, com as chuteiras de melhor jogadora do mundo, ajudou o país a repensar o futebol feminino."

As transformações, contudo, ainda são em um ritmo lento. O próprio Campeonato Brasileiro está apenas em sua sétima edição. Campeão em 2018, o Corinthians busca o segundo título. Já o Palmeiras, que só recentemente voltou a investir no feminino, luta pelo troféu inédito.

A equipe alviverde disputa a elite feminina pela primeira vez, depois de ter conseguido o acesso em 2019, ano em que o time feminino foi reativado após ter sido extinto em 2012.

Esse, portanto, será o primeiro dérbi em um mata-mata do Nacional, oportunidade que motiva a zagueira Augustina, 27. "As expectativas sempre são grandes. Nós vamos enfrentar um dos melhores times do país e realmente é um desafio que nos estimula", disse a palmeirense.

Ao longo da história, corintianas e palmeirenses se enfrentaram dez vezes, com quatro vitórias palestrinas e seis triunfos alvinegros, segundo os registros dos clubes. Entre esses jogos está a única semifinal de uma competição oficial já disputada pelos rivais, em 2001, quando o Palmeiras ganhou por 4 a 1, na campanha que levou o time ao título.

Neste ano, na abertura do Nacional, o clube do Parque São Jorge ganhou do rival por 3 a 1, com gols de Grazi, Giovanna e Erika. Carla descontou para o Palmeiras e é, atualmente, a artilheira do torneio, com 12 gols marcados.

Quem avançar desse confronto poderá ter pela frente um novo clássico na decisão, já que na outra chave o São Paulo disputa a semifinal do Brasileiro contra o Avaí-Kindermann. O jogo de ida também será neste domingo, às 18h, na Arena Barueri, com transmissão do perfil @BRFeminino no Twitter. O duelo de volta será no próximo sábado, às 16h, na Ressacada.

Entre as partidas decisivas, corintianas, palmeirenses e são-paulinas também vão dividir atenções com o Campeonato Paulista. O Corinthians lidera o Grupo B, enquanto São Paulo e Palmeiras estão em segundo e terceiro, respectivamente, no torneio.

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