Barroso agora associa pane do TSE à falta de testes e levanta suspeita sobre milícias digitais

O ministro voltou a afirmar que o ataque contra o sistema do TSE partiu de Estados Unidos, Brasil e Nova Zelândia, com uma intensidade de 436 mil conexões por segundo

© TSE

Brasil LUÍS ROBERTO-BARROSO 17/11/20 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, mudou, nesta segunda-feira (16), a versão oficial a respeito das causas que levaram ao atraso na divulgação dos resultados das eleições municipais.

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O ministro afirmou que a demora na entrega de equipamentos por parte da empresa Oracle, em razão da pandemia, impediu a realização de testes prévios no sistema.Os equipamentos, segundo ele, deveriam ser entregues em março, mas chegaram somente em agosto.

"Essa demora impediu que nele se realizassem os testes prévios com reprodução do exato ambiente das eleições. Aí origem do problema, e a pandemia ademais trouxe dificuldade de interação humana o que acarretou complexidade a todo o processo", disse.

"Tratava-se de equipamento novo, que não pode ser entregue na data desejada em razão da pandemia, portanto sem culpa de ninguém, e entregue em agosto não foi possível entregar equipamento que funcionaria nas eleições para todos os testes de desempenhos e eventualidade e intercorrência", completou.

Na noite de domingo (15), dia das eleições municipais, o Barroso havia afirmado que uma falha em um dos núcleos do super computador que processa a totalização dos votos havia resultado no atraso da divulgação dos resultados.

"Houve um atraso na totalização dos resultados por força de um problema técnico que foi o seguinte: um dos núcleos de processadores do super computador que processa a totalização falhou e foi preciso repará-lo", disse o ministro na ocasião.

Na coletiva desta segunda, Barroso acrescentou que o sistema do tribunal sofreu uma tentativa de invasão de hackers e que em seguida milícias digitais entraram em ação para desacreditar o sistema.

O ministro disse que há suspeita de envolvimento de grupos extremistas, muitos deles já investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele não afirmou se os grupos de milícia digitais estão ligados ou são os militantes bolsonaristas investigados no âmbito do inquérito dos protestos antidemocráticos.

"Milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF", afirmou em entrevista coletiva.

"Na data de hoje conversei pela manhã com diretor geral da PF (Polícia Federal) e pedi a ele a instauração da investigação que se justifica nesse caso, investigação seria e ampla, e agora formalizei em ofício o pedido do diretor da PF", completou.

O ministro voltou a afirmar que o ataque contra o sistema do TSE partiu de Estados Unidos, Brasil e Nova Zelândia, com uma intensidade de 436 mil conexões por segundo.

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