Salles cobra recursos para a Amazônia: 'Só crítica não adianta'

A política ambiental do governo brasileiro levou Noruega e Alemanha a retirarem aportes que faziam ao Fundo Amazônia

© MPF cobra da Justiça que avalie afastamento imediato de Ricardo Salles

Brasil Governo 04/12/20 POR Estadao Conteudo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cobrou na noite da quinta-feira, 3, que as iniciativas de grupos e países sobre a Amazônia não fiquem restritas a críticas e discursos e se revertam em verba. "Essa cooperação tem que ser em termos concretos. A gente até discute, ouve os discursos, mas tem que ter recurso em cima da mesa. O grupo, os países, iniciativas... (tem que) colocar recursos para nos ajudar. Só crítica de graça não adianta. Tem que vir recurso também", afirmou o ministro durante live realizada com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

PUB

A política ambiental do governo brasileiro levou Noruega e Alemanha a retirarem, no ano passado, aportes que faziam ao Fundo Amazônia, que tem suspensão discutida em processo que corre no Supremo Tribunal Federal. Há meses, Ricardo Salles anunciou um programa para atrair investimento privado, batizado de "Adote um Parque". Até hoje, o programa não foi oficialmente apresentado e está parado na Casa Civil.

Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que enviará Salles para a Conferência do Clima (COP-26), remarcada para 2021 em razão da pandemia. Além de Salles, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou da transmissão semanal feita pelo presidente via redes sociais.

"Pronto para a COP-26, você representar o Brasil lá no Reino Unido?", perguntou Bolsonaro. "Vamos lá para a COP-26, direto do Reino Unido, defender os interesses do País", respondeu Salles.

Ao avisar que escolheu o chefe da pasta para representar o País na conferência mundial, o presidente demonstrou apoio a Ricardo Salles, que tem sofrido pressão por causa da maneira como lidera as políticas ambientais.

O anúncio também elimina expectativas de que a eleição de Joe Biden, nos Estados Unidos, poderia forçar o governo brasileiro a trocar o chefe da área ambiental.

Na transmissão da quinta-feira, Jair Bolsonaro reafirmou ter interesse na preservação da Amazônia e que o governo está disposto a cooperar.

Na campanha, o então candidato à Casa Branca ameaçou aplicar sanções econômicas ao Brasil caso o governo brasileiro não tomasse medidas para frear a devastação ambiental.

O desmatamento da Amazônia teve uma alta de 9,5% no último ano e voltou a atingir a maior taxa desde 2008 - o que já tinha ocorrido no ano passado. Entre agosto de 2019 e julho deste ano, a devastação da floresta alcançou 11.088 km², ante os 10.129 km² registrados nos 12 meses anteriores.

A área devastada nesse último ano equivale a 7,2 vezes a da cidade de São Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 5 Horas

Faxineira pede demissão após 27 minutos de trabalho em hotel; entenda

fama Anthony Vella Há 3 Horas

YouTuber sofre grave acidente em queda de paraglider filmada; assista

fama SAMARA-FELIPPO Há 23 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

justica Paraíba Há 3 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

economia DESENROLA-BRASIL Há 5 Horas

Saiba como se inscrever no Desenrola Brasil e negociar suas dívidas

brasil MORTE-SP Há 22 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

fama Gusttavo Lima Há 3 Horas

Gusttavo Lima interrompe espetáculo após mulher ser agredida

mundo EUA Há 4 Horas

Filha do co-fundador do Slack é encontrada em van com homem de 26 anos

fama Peculiares Há 20 Horas

As manias mais estranhas dos famosos! Você tem alguma delas?

fama Justin Bieber Há 23 Horas

Justin Bieber preocupa fãs ao compartilhar fotografias chorando