© Jim Urquhart/Reuters
O líder do grupo de extrema-direita Proud Boys, Enrique Tarrio, foi detido esta segunda-feira pela polícia de Washington DC por ter queimado uma faixa do movimento Black Lives Matter, que foi roubada de uma igreja da capital norte-americana no último dia 12 de dezembro, segundo a CNN.
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Nesse dia, Enrique Tarrio e os Proud Boys participaram numa manifestação ‘Stop the Steal’ (‘Parem o roubo’), contra a suposta fraude eleitoral relativamente ao escrutínio do dia 3 de novembro, que culminou na vitória de Joe Biden na corrida à Casa Branca.
O departamento de polícia de DC referiu à CNN que Tarrio foi acusado de destruição de propriedade, por ter incendiado a faixa, e também da posse de dois carregadores com munições de armas de fogo de “grande capacidade”.
No mês passado, Enrique Tarrio admitiu na rede social Parler ter sido o responsável por incendiar a faixa do movimento Black Lives Matter. “Contra a vontade do meu advogado, estou aqui para admitir que sou a pessoa responsável por queimar esta faixa”, afirmou então o líder dos Proud Boys, que na ocasião desafiou a polícia a detê-lo por esse ato.
“Venham deter-me se acham que o que eu fiz foi errado. Vamos deixar o público decidir”, disse num tom provocatório.
No dia 12 de dezembro, quando o líder dos Proud Boys queimou a faixa do Black Lives Matter, concentraram-se em Washington DC grandes grupos de manifestantes pró-Trump e grupos contra o protesto ‘Stop the Steal’. Registaram-se confrontos e pelo menos quatro pessoas foram esfaqueadas. As autoridades realizaram 33 detenções.
Esta quarta-feira (6), acontecerá nova manifestação pró-Trump em Washington DC. 15 mil pessoas devem juntar-se no centro da cidade no dia em que o Congresso vai certificar os votos do Colégio Eleitoral. Prevendo possíveis distúrbios, as autoridades estaduais ativaram a Guarda Nacional para proteger a capital norte-americana.
Ainda antes de ser detido, Enrique Tarrio anunciou que os membros dos Proud Boys irão marcar presença na manifestação com “um número sem precedentes”, e acrescentou que não vão envergar roupas com padrões amarelos e pretos, que os costumam caracterizar.