'Eu acho que vai ter prorrogação do auxílio emergencial', diz Bolsonaro

"Eu acho que vai ter. Vai ter uma prorrogação. Foram cinco meses de R$ 600 e quatro meses de R$ 300. O endividamento chegou na casa dos R$ 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal", disse

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Economia AUXÍLIO-EMERGENCIAL 09/02/21 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (8), que deve prorrogar o auxílio emergencial para famílias afetadas pela pandemia do coronavírus.

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Em entrevista à TV Bandeirantes, o presidente disse, porém, que o número de pessoas beneficiadas será menor do que em relação ao ano passado. Ele não explicou que critério será utilizado para estabelecer uma linha de corte. "O ministro Paulo Guedes (Economia) tem dito que se a pandemia continuar e a economia não pegar, vamos discutir para ontem", acrescentou. ​

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"Eu acho que vai ter. Vai ter uma prorrogação. Foram cinco meses de R$ 600 e quatro meses de R$ 300. O endividamento chegou na casa dos R$ 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal", disse.

Bolsonaro ressaltou que grande parte da população "está com dificuldades", mas observou que, caso a prorrogação não leve em conta a responsabilidade fiscal, o preço do dólar pode chegar a R$ 6.

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"Se você não fizer com responsabilidade isso, você acaba tendo a desconfiança do mercado e aumenta o valor do dólar, que passa para R$ 6. E vai impactar no preço do combustível. Fica uma bola de neve", disse.

Mais cedo, em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que discutia a prorrogação do auxilio emergencial com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

"Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos, que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso. Caso contrário, não teremos como garantir que realmente o Brasil será diferente lá na frente", afirmou.

No domingo (7), a Folha revelou que o Ministério da Economia prepara uma proposta que libera três parcelas de R$ 200, com foco nos trabalhadores informais não atendidos pelo Bolsa Família. A ideia é também estabelecer novas exigências para o recebimento do benefício.

De acordo com um membro do governo que participa da elaboração da medida, a proposta muda o nome da assistência, que deve passar a ser chamada de BIP (Bônus de Inclusão Produtiva).

Para receber o auxílio, a pessoa terá de participar de um curso para qualificação profissional. O plano também prevê que o benefício seja associado à Carteira Verde e Amarela, programa que deve ser relançado pelo governo para reduzir encargos trabalhistas e estimular a formalização de pessoas de baixa renda.

Na entrevista, o presidente também afirmou que a vacinação em massa pode ajudar o país a retomar mais cedo a atividade econômica e disse que não apoia as críticas feitas pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), em relação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O parlamentar vem pressionando a Anvisa a flexibilizar as regras para liberação de vacinas emergenciais. Ele protocolou um projeto de decreto legislativo com a proposta de anular a exigência da fase 3 de testes em humanos, feita até então para a liberação de uso emergencial.

"Eu tenho conversado com o Ricardo Barros. Os excessos eu converso com ele reservadamente. Ele tem uma liberdade muito grande. Essa briga com a Anvisa eu não apoio. É um órgão autônomo e independente. Essa briga, achar que a Anvisa está preocupada com burocracia e não a vida, não procede", disse Bolsonaro.

​O presidente também disse que recomendou aos seus irmãos que sua mãe, Olinda Bolsonaro, de 93 anos, seja vacinada. Ele voltou, no entanto, a afirmar que a Coronavac não tem comprovação científica de que é de fato eficiente.

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