Dívida pública bate recorde e alcança 89,7% do PIB mesmo sem gastos emergenciais

O endividamento do governo cresceu 0,5 ponto percentual em janeiro em relação ao mês anterior e alcançou 89,7% do PIB

© Getty

Economia Janeiro 26/02/21 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Mesmo com a interrupção dos gastos emergenciais, a dívida pública ainda sofre impacto da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. O endividamento do governo cresceu 0,5 ponto percentual em janeiro em relação ao mês anterior e alcançou 89,7% do PIB (Produto Interno Bruto).

PUB

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo BC (Banco Central). Esse é o maior percentual da série histórica, iniciada em dezembro de 2006. Ao todo, a dívida bruta soma R$ 6,67 trilhões.

A dívida registra crescimentos expressivos por mês desde o início da pandemia, mas já vinha em trajetória de alta antes da crise. Depois da chegada do vírus ao país, o governo teve de gastar mais em programas emergenciais, como o auxílio emergencial e linhas de crédito para empresas.

A principal causa do crescimento é a incorporação de juros pagos pelo governo para financiamento da dívida ao montante, responsável por 0,5 ponto.

Além disso, a alta do dólar de 5,4% no mês contribuiu em 0,3 ponto e a redução do PIB nominal (em R$ ), em 0,2 ponto.

Em movimento oposto, a dívida líquida, que desconta os ativos do governo, diminuiu 1,3 ponto percentual em janeiro e ficou em 61,6% do PIB (R$ 4,58 trilhões).

A elevação do dólar contribuiu com queda de 1 ponto percentual na dívida líquida. Quando há valorização da moeda americana, há redução do valor da dívida líquida em reais porque são descontadas as reservas internacionais, mensuradas em dólar.

Além disso, pela metodologia do BC, o governo federal registrou superávit primário de R$ 58,4 bilhões no mês, o que contribuiu para reduzir a dívida líquida em 0,8 ponto.

O resultado primário indica a capacidade do governo de pagar as contas, excluindo os encargos da dívida pública. Se as receitas são maiores que as despesas, há superávit. Caso contrário, há déficit.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o resultado primário foi deficitário em R$ 700,9 bilhões, o equivalente a 9,43% do PIB.

As despesas com juros pagos pelo governo para financiar sua dívida somaram R$ 40,4 bilhões no mês.

O resultado nominal, que inclui encargos da dívida, foi superavitário em R$ 17,9 bilhões. No acumulado de 12 meses, a rubrica se manteve deficitária em pouco mais de R$ 1 trilhão (13,67% do PIB).

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 17 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 18 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 19 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

lifestyle Signos Há 20 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 19 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

brasil Santa Catarina Há 19 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama SAMARA-FELIPPO Há 14 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

fama Iraque Há 17 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil MORTE-SP Há 13 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 17 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula