Secretários de Saúde dizem que país vive 'pior momento' da Covid e pedem toque de recolher das 20h às 6h

A divulgação da carta ocorre em um momento em que governadores e secretários de Saúde têm pedido ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, uma medida única para o país para frear o avanço da Covid-19

© Getty Images

Brasil CORONAVÍRUS-ESTADOS 02/03/21 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Secretários estaduais de Saúde divulgaram uma carta nesta segunda-feira (1º) em que afirmam que o Brasil vive o "pior momento da crise sanitária" provocada pela Covid e pedem maior rigor em medidas para evitar um colapso em todo o país.

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Entre as ações recomendadas, está a adoção de um toque de recolher nacional das 20h às 6h, suspensão das aulas presenciais e lockdown nas regiões "com ocupação de leitos acima de 85% e tendência de elevação de casos e mortes".

O documento é assinado pelo Conass, conselho que reúne os 27 gestores da área. No texto, endereçado à "população brasileira", o grupo cita a ausência de coordenação nacional como um dos fatores para a queda na adesão a medidas de isolamento e pede que haja um "pacto pela vida".

Em uma espécie de alerta, o grupo diz que o agravamento da epidemia em diversos estados "leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar a todas as regiões do Brasil".

"Infelizmente, a baixa cobertura vacinal e a lentidão na oferta de vacinas ainda não permitem que esse quadro possa ser revertido em curto prazo", apontam os gestores, que citam então uma lista de medidas para tentar evitar o colapso na rede de saúde.

Além do que chamam de "restrição em nível máximo das atividades não essenciais" em regiões com mais de 85% dos leitos ocupados, o que equivaleria a um lockdown, secretários recomendam que sejam vetados eventos, congressos e atividades religiosas em todo o país, suspensas aulas presenciais e adotado toque de recolher das 20h às 6h e fechados praias e bares, por exemplo.

O documento pede ainda que sejam "considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual", além de adotadas medidas para reduzir a superlotação no transporte coletivo e ampliada a testagem de casos suspeitos.

Em um pedido indireto ao governo federal, os gestores sugerem também que haja reconhecimento da situação de emergência, que deixou de valer em dezembro de 2020, e viabilizados mais recursos ao SUS. Em outro trecho, recomendam medidas para aumentar a compra de vacinas e implementação de planos nacionais de comunicação, para reforço de medidas de prevenção, e de recuperação econômica, "com retorno imediato do auxílio emergencial".

"Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido no Brasil um "Pacto Nacional pela Vida" que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País, mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional."

Ainda no documento, o grupo diz que a "ausência de condução nacional unificada e coerente" dificultou a adoção de medidas para reduzir interações sociais, que aumentaram nos últimos meses.

"O relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial", relatam.

A divulgação da carta ocorre em um momento em que governadores e secretários de Saúde têm pedido ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, uma medida única para o país para frear o avanço da Covid-19.A resposta, porém, tem sido negativa.

Na última quinta (25), o ministro chamou secretários de Saúde para um pronunciamento sobre o agravamento da epidemia. No encontro, Pazuello chegou a citar três medidas prioritárias para lidar com a crise -como reforço ao atendimento imediato a pacientes com sintomas, aumento de leitos de UTI e reforço na vacinação-,mas evitou citar medidas simples e recomendadas por especialistas, como evitar aglomerações. O apelo coube aos gestores de saúde.

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