Fechamento de quiosques em praias do Rio divide opiniões

Para muitos, a medida foi injusta ao permitir que bares e restaurantes permaneçam abertos, ainda que em horário reduzido, embora sejam ambientes fechados, mais propensos à propagação do coronavírus do que os quiosques, que funcionam ao ar livre

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Brasil Rio de Janeiro 06/03/21 POR Notícias ao Minuto

No primeirosábado(6) após o decreto municipalque proíbe a abertura de quiosques, ambulantes e barraqueiros nas praias do Rio de Janeiro como forma de reduzir o fluxo de pessoas e conter a pandemia, a medida dividiu a opinião de turistas e cariocas. Alguns apoiam a restrição, outros reclamam de nãoteronde comprar sequer uma água. Já os trabalhadores demonstram receio de perder o emprego.

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Para muitos, a medida foi injusta ao permitir que bares e restaurantes permaneçam abertos, ainda que em horário reduzido, embora sejam ambientes fechados, mais propensos à propagação do coronavírus do que os quiosques, que funcionam ao ar livre.

“Tenho medo pelo nosso emprego se continuar fechado. A gente fica ansioso. Acho que não adianta muito. O restaurante, que é fechado, abre até às 17h. E a gente, que é ambiente aberto, fica fechado. Não faz muito sentido”, lamentou Tiago Maia, ajudante de garçom, que trabalha em um quiosque na Praia do Leme, junto a outros 22 funcionários.

Em frente aos quiosques fechados, alguns trabalhadores permaneceram cuidando do patrimônio. Entre eles, o medo de perder o emprego era grande. Alguns falaram à reportagem, mas sem se identificar totalmente.

“Não entendi eles fecharem os quiosques. O meu emprego, com certeza, vai correr risco. Porque, se o quiosque ficar fechado, não vaitercomo arcarem com o meu salário”, disse um funcionário que se identificou apenas como João, de um quiosque na Avenida Niemeyer, tradicionalmente frequentado por turistas, já que oferece uma ampla vista das praias do Leblon e de Ipanema.

Enquanto isso, turistas que não sabiam das restrições demonstram frustração, por nãoteronde comprar uma bebida para matar a sede.

“Atrapalha muito. O turismo depende disso aí. A gente quer tomar um refrigerante, uma bebida e não tem. Não adianta fechar os estabelecimentos. Quem tem deterconsciência é o povo. É ruim para quem vem frequentar e é ruim para quem presta o serviço”, reclamou Sebastião Resende, empresário do ramo de carnes, que veio do Mato Grosso do Sul visitar o Rio com a esposa Juçara.

Outras pessoas preferiam que tivesse sido adotada uma medida intermediária, como a redução no horário dos quiosques ou do número de clientes, do que simplesmente fechá-los totalmente.

“Eu não estou achando que adianta porque muita gente precisa trabalhar. Poderia botar uma regra, com menos pessoas, em vez de parar tudo. Como as pessoas vão se manter? Fica difícil”, disse Larissa Gomes de Souza, que trabalha passeando com cachorros na praia do Leme.

Mas a medida também teve apoiadores, preocupados com o aumento na transmissão da covid-19 no bairro.

“Eu acho que resolve. Qualquer medida para minimizar a transmissão do coronavírus entre a população é bem-vinda. Sou a favor. Não abrir os quiosques é mais para evitar que as pessoas venham para a praia. E Copacabana está com um dos maiores índices de transmissão”, disse Igor Rodrigues, que trabalha na área de tecnologia da informação e passeava com o filho pequeno na carona da bicicleta.

O secretário municipal de Ordem Pública, Breno Carnevale, defendeu a medida, como forma de não incentivar as pessoas a frequentarem as praias. Ele esteve pessoalmente coordenando as ações de fiscalização na orla.

“Esta decisão é técnica, do ponto de vista sanitário. A vigilância sanitária fez estudos e há demonstração de que quiosques, ambulantes e pontos fixos na praia favorecem muito a aglomeração de pessoas nas areias. E isso é um fator de gravidade para a circulação do vírus”, disse Carnevale.

Enquanto os quiosques permanecem fechados na orla, nas ruas internas, era grande a quantidade de clientes nos bares e restaurantes, com pessoas bebendo próximas umas das outras. Questionado sobre isso, o secretário se limitou a dizer que a capacidade de atendimento especificada no decreto municipal é de 40% dos clientes, mas não respondeu como será feita essa fiscalização.

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