Novo ministro da Saúde descarta lockdown como política contra Covid

Quarto ministro da pasta no governo Bolsonaro, o cardiologista afirmou ainda que, embora não haja um tratamento contra a Covid-19, os "médicos têm autonomia para prescrever"

© Instagram

Brasil MARCELO-QUEIROGA 16/03/21 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à CNN Brasil que lockdowns são utilizados em situações extremas, mas que não podem ser "política de governo". Quarto ministro da pasta no governo Bolsonaro, o cardiologista afirmou ainda que, embora não haja um tratamento contra a Covid-19, os "médicos têm autonomia para prescrever".

PUB

Queiroga foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda-feira (15), para ocupar o lugar de Eduardo Pazuello, que sai da pasta em meio a inquérito para apurar se houve omissão do ministro quanto à crise sanitária de Manaus.

Leia Também: Saiba quem é Marcelo Queiroga, o novo ministro da Saúde de Bolsonaro

À Folha de S.Paulo, no último domingo (14), o novo ministro afirmou que a cloroquina não seria parte de sua estratégia de enfrentamento da pandemia -como foi com Pazuello-, caso fosse ministro. A droga faz parte do que o governo Bolsonaro diz constituir tratamento precoce contra a Covid -algo que, segundo cientistas, não existe.

"A própria Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomendou o uso dela nos pacientes, e nem eu sou favorável porque não há consenso na comunidade científica", disse Queiroga.

"Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever", afirmou.

O ministro anunciado também afirmou que se deve chegar a um ponto comum em relação ao tratamento precoce "que permita contextualizar essa questão no âmbito da evidência científica e da ciência".

A queda do ex-ministro Nelson Teich ocorreu ao receber um ultimato de Bolsonaro para ampliar o uso da cloroquina em casos de Covid, apesar da falta de evidências sobre a droga à época.

Divergências também levaram à queda do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, entre elas questões relacionadas a medidas de distanciamento social.

Questionado pela CNN Brasil sobre o lockdown, Queiroga afirmou: "esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados".

O novo ministro avaliou ainda que, "quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia".

Por fim, ele também falou sobre vacinas e sobre pedidos do presidente quanto a questão: "O presidente quer que questões operacionais sejam colocadas de maneira clara, de tal sorte que o conceito de que o Brasil sabe vacinar se repita, e a gente consiga vacinar a população, que é a maneira mais eficiente de prevenir a doença".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 12 Horas

Após acidente, urso arrasta corpo de motorista para floresta nos EUA

mundo Bioparc Há 9 Horas

Dor da perda: chimpanzé carrega o corpo da sua cria ao colo há meses

fama Luana Piovani Há 12 Horas

'Meu filho ainda não foi para escola' diz Luana 'cutuca' Pedro Scooby

justica Rio Grande do Sul Há 11 Horas

Saques e violência ampliam drama no Rio Grande do Sul

mundo Polícia Há 3 Horas

'Menina lobo' que cresceu em bosque na Suíça é encontrada na Espanha

justica Santa Teresa Há 11 Horas

Turista israelense é encontrada morta no Rio de Janeiro

lifestyle Peso Há 10 Horas

Quatro hábitos que ajudam a acelerar o metabolismo e a emagrecer

fama Hilary Duff Há 11 Horas

Hilary Duff dá à luz seu quarto bebê, em parto domiciliar na banheira

mundo Acidente Há 11 Horas

Caminhão colide de forma violenta contra ponte em rodovia dos EUA

mundo EUA Há 6 Horas

Mulher persegue ladrão e provoca acidente para reaver bolsa roubada