Operação contra quadrilha ligada a miliciano prende PM no Rio

O agente foi preso na Operação Gárgula, do Ministério Público do Rio de Janeiro

© Divulgação

Justiça Investigação 22/03/21 POR Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um soldado da Polícia Militar foi preso, na manhã desta segunda-feira (22), na Operação Gárgula, do Ministério Público do Rio de Janeiro. A ação mira suspeitos de lavar dinheiro e movimentar recursos ilícitos do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, que foi morto em fevereiro de 2020 na Bahia.

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Acusado de liderar a principal milícia da zona oeste do Rio, Adriano tinha a mãe e a ex-mulher empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho do do presidente Jair Bolsonaro.

Flávio é acusado de liderar um esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa, levado a cabo por meio de 12 funcionários fantasmas entre 2007 e 2018, período em que exerceu o mandato de deputado estadual. O filho do presidente, que nega as acusações, o homenageou duas vezes na Assembleia do Rio de Janeiro.

O objetivo da operação é cumprir dois mandados de prisão e 27 de busca e apreensão contra a organização criminosa. Nove pessoas foram denunciadas junto à 1ª Vara Criminal Especializada da Capital por crimes de associação criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro.

Foi detido o policial Rodrigo Bitencourt Fernandes Pereira do Rego. Com ele, os agentes apreenderam dois veículos -uma Mercedes e um Corolla sem placa. Segundo a Promotoria, Rodrigo era um dos laranjas de Adriano. Também foi apreendido cerca de R$ 75 mil na casa da denunciada Carla Chaves Fontan.

É considerada foragida a viúva do paramilitar, Julia Emilia Mello Lotufo. Outro nome que seria alvo da ação era o sargento Luiz Carlos Felipe Martins, morto no último sábado em Realengo, na zona oeste do Rio, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Rego nem a da foragida.

Ainda na ação, a Justiça autorizou o sequestro de um haras, automóveis e bloqueio de bens de R$ 8,4 milhões, correspondentes ao valor mínimo constatado em movimentações pelos criminosos.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Geco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em 15 de dezembro de 2020, integravam essa rede de apoio Rego, Lotufo, Martins (vulgo Orelha) e Daniel Haddad Bittencourt Fernandes Leal.

Segundo a Promotoria, sob comando de Adriano, os investigados praticaram crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro em favor do miliciano.

Ainda de acordo com a denúncia, foi identificado que, de 2017 a 2020, seis dos investigados na ação atuaram na concessão de empréstimos a juros exorbitantes a terceiros (até de 22%), utilizando-se de empresas de fachada.

Uma das empresas utilizadas era a Cred Tech Negócios Financeiros LTDA, que seria uma empresa de fachada que movimentou, entre 2019 e 2020, R$ 3,6 milhões.

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