Mulheres de meia-idade têm sintomas mais persistentes da Covid-19

A maneira como os corpos das mulheres lutam contra as doenças pode explicar a sua pior recuperação.

© iStock

Lifestyle Covid-19 26/03/21 POR NMBR

Mulheres de meia-idade, entre 40 e 50 anos, apresentam sintomas mais graves e duradouros - que vão da ansiedade até à falta de ar, fadiga, dores musculares e confusão mental -  depois de serem tratadas no hospital para a Covid-19, sugerem dois estudos do Reino Unido, citados pela BBC

PUB

Um dos estudos (ainda não revisto por pares), liderado pela Universidade de Leicester, acompanhou mais de 1.000 pacientes internadas com Covid-19 no Reino Unido em 2020. Segundo o mesmo, até 70% não havia recuperado totalmente, em média cinco meses após a alta do hospital, sendo as mulheres as mais afetadas. No estudo de Leicester, esses sintomas duradouros impediram 18% das pessoas de regressar ao trabalho e forçaram 19% a mudar de emprego.

Um segundo estudo, ainda pré-publicado, liderado pela Universidade de Glasgow, descobriu que mulheres com menos de 50 anos tinham sete vezes mais probabilidade de ficar sem fôlego e duas vezes mais probabilidade de relatar fadiga pior do que homens da mesma idade que tiveram a doença, sete meses após o tratamento hospitalar.

A maneira como os corpos das mulheres lutam contra as doenças pode explicar a sua pior recuperação. Entre as mulheres, foi o grupo de meia-idade que pareceu ser o mais afetado por problemas de saúde de longo prazo, enquanto as mulheres mais jovens e mais velhas recuperaram melhor.

O autor Dr. Nazir Lone, envolvido em ambos os estudos, argumenta que isso pode acontecer porque "grupos de mais idade têm maior probabilidade de morrer" e, portanto, mulheres mais jovens e de meia-idade têm maior probabilidade de sobreviver e ter problemas de saúde. Mas também diz ser possível que as mulheres tenham "uma resposta imunológica diferente da dos homens". Os homens, no entanto, são mais propensos a serem internados no hospital com Covid.

O estudo de Leicester também descobriu que a maioria das pessoas com sintomas graves e contínuos tinha níveis mais altos do que o normal de uma substância química chamada CRP, que está ligada à inflamação. A substância também está presente em mulheres de meia-idade, que são propensas a doenças autoimunes nas quais o corpo ataca as suas próprias células e órgãos saudáveis. "Isso pode explicar por que a síndrome pós-Covid parece prevalecer mais neste grupo, mas uma investigação mais aprofundada é necessária", disse a professora Louise Wain, da Universidade de Leicester.

Leia Também: Entenda a relação entre a vacina da gripe e o combate à Covid-19

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 21 Horas

Morre Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, vítima de câncer

mundo Antártida Há 22 Horas

Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

fama Redes Sociais agora mesmo

Livian Aragão, filha de Didi, sugere plágio e leva invertida na web

tech ESA Há 4 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

fama Luto Há 6 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

mundo Titanic Há 7 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

tech Ataque Há 4 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

fama Casais famosos Há 16 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

mundo Argentina Há 6 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina

tech Justiça Há 17 Horas

X nega ter flexibilizado bloqueios e diz que perfis aproveitaram 'falha técnico-operacional'