Guedes recomenda veto parcial a Orçamento; Lira discorda

A interlocutores, Lira diz que Guedes quer fazer "terrorismo"

© Getty Images

Economia Orçamento 01/04/21 POR Estadao Conteudo

O Orçamento de 2021 emparedou o presidente Jair Bolsonaro. De um lado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que recomendou veto parcial ao projeto aprovado com o alerta de que o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de um processo de impeachment. Do outro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que não quer o veto e não vê motivos para a abertura de um processo de afastamento do presidente tendo como base o Orçamento.

PUB

A interlocutores, Lira diz que Guedes quer fazer "terrorismo". Como é o presidente da Câmara o responsável por abrir um processo de impeachment, Lira afirma que um novo pedido com base nas mudanças feitas pelos parlamentares na lei orçamentária seria "apenas mais um na gaveta".

"Guedes não tem interlocução com o Congresso. Ele vai brigar com quem o apoia? Aí fica difícil", disse Lira a interlocutores.

Na quarta-feira, 31, Lira e Guedes estiveram reunidos no Planalto com a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento.

Bittar comunicou formalmente ao presidente que, após a sanção do texto, vai cancelar R$ 10 bilhões em emendas como forma de resolver o impasse. O cancelamento nas emendas permite ao governo direcionar recursos a despesas obrigatórias que foram subestimadas no Orçamento, como Previdência e seguro-desemprego. Para aumentar as emendas, o senador cortou R$ 26,5 bilhões em despesas obrigatórias.

Bittar disse que a decisão de cancelar parte das emendas foi tomada após reflexões entre lideranças e as presidências da Câmara e do Senado. Para Lira, o cancelamento já resolve o impasse. Não é o que acha a equipe econômica. O mercado financeiro também reagiu negativamente ao valor. Guedes não aceita esse valor e recomendou que o presidente não sancione o Orçamento alegando o risco de irresponsabilidade fiscal.

A consultoria da Câmara apontou insuficiência de R$ 32,7 bilhões após as alterações e omissões de despesas obrigatórias no projeto aprovado pelo Congresso. O parecer dos auditores já está na mão de parlamentares que requisitaram uma análise técnica dos consultores para basearem suas posições sobre o Orçamento aprovado na semana passada.

Para cumprir as despesas com benefícios previdenciários, o governo terá de encaminhar um novo projeto de lei para abrir crédito suplementar no Orçamento. O cancelamento de emendas, porém, só pode ser feito com aval dos autores dessas indicações, ou seja, os próprios parlamentares. Sem essa autorização prévia do Congresso, o governo só pode cancelar despesas sob o guarda-chuva do próprio Executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

justica Violência Há 10 Horas

Homem é assassinado com 23 tiros durante raio-x em hospital na Bahia

economia Profissões Há 9 Horas

Top 10 profissões que pagam mais de R$ 15 mil por mês; veja

esporte Óbito Há 7 Horas

Jogador morre após bater a cabeça em muro que cercava o campo na Argentina

mundo Utah Há 9 Horas

Gata é enviada por correio acidentalmente e fica 7 dias sem água e comida

fama Nicole Kidman Há 8 Horas

Nicole Kidman e Keith Urban em rara aparição com as filhas em evento

fama LUCIANA-GIMENEZ Há 8 Horas

Luciana Gimenez é internada em hospital em São Paulo

fama VIVIANE-ARAÚJO Há 6 Horas

Ex de Viviane Araújo diz que ela traiu Belo com ele enquanto era casada

fama Televisão 29/04/24

Viih Tube e Eliezer anunciam gravidez de segundo filho ao vivo na Globo

tech Inovação Há 7 Horas

Pentágono compartilha vídeo de novo tanque autônomo

mundo Aliia Nasyrova Há 9 Horas

Rapunzel: Ucraniana entra para o Guinness com cabelo de 2,57 metros