Tragédia na Índia: mortos sendo cremados ao ar livre

Imagens dos crematórios improvisados ao livre colocam em causa números revelados pela Índia

Crematório em Nova Deli

© MONEY SHARMA/AFP via Getty Images

Crematório em Nova Deli

© MONEY SHARMA/AFP via Getty Images

Crematório em Nova Deli

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Crematório em Jaipur

© Vishal Bhatnagar/NurPhoto via Getty Images

Crematório em Jaipur

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Crematório em Jaipur

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Crematório em Jaipur

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Crematório em Nova Deli

© REUTERS/Adnan Abidi

Crematório em Nova Deli

© REUTERS/Adnan Abidi

Crematório em Nova Deli

© REUTERS/Adnan Abidi

Crematório em Nova Deli

© REUTERS/Adnan Abidi

Mundo Índia 28/04/21 POR NMBR


A Índia que está diante de uma tragédia devido a falta de oxigênio e de recursos para combater a segunda vaga da pandemia, tem reportado números recorde de novas infecções e de mortes, mas há cada vez mais relatos que levam a crer que o país pode estar ocultando o verdadeiro impacto do novo coronavírus.

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Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia com um surto devastador em andamento. Só em abril, o país registrou quase seis milhões de novos casos.

A explosão do número de casos, atribuída a uma variante do vírus detectada no país e a comícios eleitorais e festivais religiosos em grande escala, sobrecarregou os hospitais, onde faltam camas, medicamentos e oxigênio.

A Sky News, que fez uma série de reportagens no país, indicando que o número total de mortes (cerca de 190 mil desde o início da pandemia) parece menor, tendo em conta a densidade populacional. Um dos aspectos mais chocantes da realidade indiana são os crematórios ao ar livre, imagens que estão sendo difundidas pelas diversas agências de notícias.

Estes crematórios improvisados, que não tinham ainda sido filmados, foram vistos em vários locais, desde Nova Deli, a Ghaziabad ou Uttar Pradesh. De acordo com a Sky News, em todos os locais foram encontrados sinais de que o número de corpos que dão entrada nos crematórios é subnotificado.

Num dos crematórios, em Nova Deli, onde a crise pandêmica é particularmente grave, a estação britânica detectou, em cerca de uma hora, pelo menos 30 fogueiras funerárias ativas ou preparadas com cadáveres debaixo da madeira. As ambulâncias não param de chegar e o motorista de uma delas disse que costuma levar de "10 a 12" corpos diariamente, de apenas um dos hospitais da capital. 

Porém, quando questionaram as autoridades públicas sobre o número de mortes naquele dia, foram reportadas 20. Um número que a estação concluiu ser errado, tendo em conta apenas o tempo em que estiveram acompanhando a atividade daquele crematório particular.

Por outro lado, nas redes sociais, surgem denúncias de tentativa de encobrimento, como a reportada abaixo, em que um homem desencoraja a postagem de imagens das cremações, justificando que é "um processo profundamente religioso" e que se pode tornar "num espetáculo de filme de terror sem contextualização". "É uma falta de respeito para com os mortos e fere os sentimentos dos enlutados", pode ler-se.

Tweets like this have begun to make their rounds on Indian diaspora networks. Understand that this is a deeply manipulative narrative, claiming spectacle and religious debasement in order to divert attention from the realities in India. This will aid in a later govt cover up. pic.twitter.com/oSJiKkOOVn

— Samira Nadkarni (@SamiraNadkarni) April 27, 2021

A pessoa explica que publicações como esta "circulam nas redes sociais da diáspora indiana" e alerta que é "uma narrativa profundamente manipuladora" para "desviar a atenção das realidades na Índia". "Isto vai ajudar num encobrimento por parte do governo, mais tarde", indicou.

De acordo com a utilizadora de Twitter, "as imagens dos crematórios servem para mostrar que o número baixo de mortes por Covid-19 dado pelo governo é mentira, com alguns estados ameaçando os laboratórios para emitir apenas resultados 'não Covid', médicos e hospitais ordenados a não passar certificados de óbito com Covid na causa de morte".

Na terça-feira, o professor universitário Gautam Menon, especialista em modelos de previsão da pandemia, disse à Lusa que a Índia só deverá atingir o pico da segunda vaga "em meados de maio", podendo chegar aos 500 mil casos diários. 

Leia Também: Crise na Índia vai afetar os prazos de vacinação no Brasil

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