Petrobras reduz preço do diesel em 2,1% e da gasolina em 1,9%

Os cortes são anunciados na véspera do fim da isenção de impostos federais sobre o óleo diesel, que termina neste sábado (1), com potencial para elevar o preço de bomba em R$ 0,35 por litro

© Shutterstock

Economia COMBUSTÍVEIS-PREÇOS 30/04/21 POR Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras anunciou nesta sexta (30) reduções de 2,1% no preço do diesel e 1,9% no preço da gasolina, os primeiros reajustes promovidos sob a gestão do general Joaquim Silva e Luna, que tomou posse na companhia no dia 19 de abril.

PUB

Os cortes são anunciados na véspera do fim da isenção de impostos federais sobre o óleo diesel, que termina neste sábado (1), com potencial para elevar o preço de bomba em R$ 0,35 por litro. Apesar da pressão de caminhoneiros, o governo ainda não informou se manterá o desconto.

A partir deste sábado, segundo a Petrobras, o preço médio do diesel em suas refinarias cairá para R$ 2,71, R$ 0,06 a menos do que o vigente hoje. Já a gasolina cairá R$ 0,05, para R$ 2,59 por litro.

Os cortes ocorrem 15 dias depois das últimas mudanças de preços promovidas pela estatal – aumentos de 1,9% na gasolina e 3,7% no diesel – ainda na gestão Roberto Castello Branco, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em meio à escalada de preços do início do ano.

Em comunicado que acompanha os anúncios de reajustes, a empresa reforça que os preços que pratica "buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo".

"Os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Isso possibilita a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos", diz.

A estatal destaca ainda que os preços são livres e os repasses dependem de outros elos da cadeia. "Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biodiesel e etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores."

Preocupado com a insatisfação dos caminheiros com os reajustes do início do ano, Bolsonaro anunciou em fevereiro a demissão de Castello Branco e um período de isenção temporária de PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

Esse período chega ao fim sem grandes impactos no preço final. Entre a última semana de fevereiro e a semana passada, o preço médio do combustível subiu 0,5%, para R$ 4,204. Ele já esteve mais alto nesse período, chegando a bater R$ 4,274 na semana encerrada em 20 de março.

A isenção acabou sendo compensada por reajustes nas refinarias, elevações na carga tributária estadual e no preço do biodiesel e serviu mais para segurar a escalada do que para reduzir os preços cobrados nos postos.

O fim da isenção é motivo de protestos entre caminhoneiros. Para tentar acalmar a categoria, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, promoveu na semana passada encontro entre as lideranças dos motoristas e representantes da Faria Lima.

O objetivo foi aproximar a categoria do mercado financeiro, para tentar mostrar que há demandas convergentes entre os dois lados e diminuir a insegurança que existe entre investidores pelas ameaças de greve no setor.

Para a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), o período de isenção de impostos "não foi suficiente para minimizar os prejuízos arcados pelos caminhoneiros de todo o país com os consecutivos aumentos [do início do ano]".

Na noite de quinta (29), a entidade divulgou nota informando que foi ao Ministério da Economia pedir a prorrogação da isenção. Como contrapartida, sugere a retirada de incentivos fiscais à produção de bebidas na Zona Franca de Manaus.

"Ou seja, o Governo Federal poderia manter o benefício para os caminhoneiros do país inteiro, além de efetuarmos a justiça social, onde teremos cidadãos como prioridade em detrimento de três grandes empresas (Coca-Cola, AMBEV e Heineken)", disse a Abrava.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 18 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 17 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 17 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 10 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

brasil São Paulo Há 10 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

brasil Brasil Há 16 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

fama Demi Moore Há 16 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

esporte Liga dos Campeões Há 16 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

esporte Ayrton Senna Há 16 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 16 Horas

'Castelo do Harry Potter' é destruído após ataque russo no porto de Odessa