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Possivelmente já se sentiu cansado ao acordar depois de ter passado toda a noite a sonhar com situações estranhas e abstratas. Esta situação é recorrente e interfere com a qualidade do sono, diz o médico Eduard Estivill.
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Segundo o especialista, em declarações ao El País, “para lembrar um sonho [a meio da noite] é preciso acordar” e, por isso, só dormem “bem” as pessoas que “dizem nunca lembrar-se dos sonhos”.
Partilhando a mesma opinião, o médico Diego Garcia diz ainda que “se as pessoas que lembram os detalhes dos sonhos é porque acordaram múltiplas vezes durante a noite”.
Mas não são todos os sonhos que interferem com a qualidade do sono, diz Diego Garcia, destacando que “a relação não é causal”. A intensidade dos sonhos (com ou sem movimentos bruscos) e o conteúdo (se abstrato ou não) são fatores que influenciam com a forma como o sonho interfere com a qualidade do sono, podendo deixar a pessoa menos ou mais descansada.
Para o médico especialista em distúrbios do sono, Àlex Ferre, o facto de sonhar “é mais positivo do que negativo”, o mal está em “recordá-lo”.