© REUTERS/Antonio Parrinello
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Tremores de terra sacudiram nesta segunda-feira (24) a cidade de Goma, na República Democrática do Congo, assustando os moradores que começavam a voltar a suas casas depois que um vulcão deixou milhares de desabrigados e 15 mortos no sábado (22).
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Um dos vulcões mais ativos e perigosos do mundo, o monte Nyiragongo entrou em erupção subitamente no sábado à tarde, pegando se surpresa autoridades e moradores e derramando lava por centenas de metros em direção à cidade de 2 milhões de habitantes.
O balanço de mortos deve subir consideravelmente. A Unicef estima que 170 crianças estejam entre os desaparecidos.
Segundo especialistas, os tremores são causados pelo alinhamento das placas tectônicas, e o risco de uma segunda erupção é pequeno.
Numerosos desde o domingo, os terremotos continuaram durante toda a noite e na manhã desta segunda-feira, alguns com grande intensidade. Segundo testemunhas ouvidas pela Reuters, eles acontecem a cada meia hora, em média.
Parte da população, que já havia retornado a suas casas após a erupção, saiu da cidade novamente, e edifícios de vários andares foram abandonados.
Reabertas na manhã desta segunda, muitas lojas fecharam após os tremores.
As escolas não abriram e pediram que os alunos fiquem em casa, segundo ordens de autoridades da província.
Autoridades informaram que 17 povoados foram afetados pela erupção, que os danos materiais foram importantes e que 15 pessoas morreram, nove delas em um acidente de trânsito durante a fuga, duas queimadas e quatro eram prisioneiros de uma penitenciária que tentavam fugir.
Dois rios de lava desceram do vulcão e um deles alcançou a periferia de Goma, onde estancou na manhã de domingo. Uma importante estrada da região também foi afetada e muitas casas foram engolidas.
A última erupção do Nyiragongo aconteceu em 17 de janeiro de 2002 e causou cerca de cem mortes, em um, lugar el 17 de enero de 2002, provocando unas 100 muertes.
Nesta segunda, a lava rochosa ainda estava quente e soltando fumaça em alguns lugares. Dezenas de pessoas se aproximaram do local, algumas correndo perigo de inalar fluidos tóxicos.
Dezenas de milhares de pessoas fugiram até a fronteira com Ruanda, ao sul de Goma, ou em direção ao sudoeste, na região do Masisi.
"Devido ao terremoto, que está se tornando mais severo, pais não devem enviar seus filhos à escola", disse um porta-voz do Exército.
Uma delegação de oito ministros chegaram à área para supervisionar a reconstrução.