Grupo armado mata 88 pessoas em ataques no noroeste da Nigéria

O ato foi criticado por defensores de direitos humanos e diplomatas e apontado como um obstáculo à liberdade de expressão no país

© Getty Images

Mundo Violência 06/06/21 POR Folhapress

Um grupo armado matou 88 pessoas em oito cidades no noroeste da Nigéria, de acordo um relatório divulgado pela polícia neste sábado (5). A instabilidade fez o governador do estado de Kebbi, Abubakar Bagudu, anunciar um reforço no destacamento de segurança para o local e prometer ajuda financeira.

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Um porta-voz do governador afirmou neste domingo (6) que dezenas de homens em motocicletas vieram dos estados vizinhos para roubar gado e plantações, fazendo com que moradores locais fugissem. O episódio aconteceu na quinta-feira (3), mas as informações sobre as mortes começaram a ser divulgadas neste sábado.

Segundo o porta-voz da Polícia Estadual de Kebbi, Nafiu Abubakar, inicialmente foram descobertos 66 corpos e, mais tarde, os demais -mas ainda há uma investigação para determinar a extensão da destruição e para buscar mais corpos.

O número de ataques de grupos armados vem aumentando na região nos últimos anos, forçando milhares a fugir pela fronteira norte da Nigéria. Grupos armados atuam no noroeste e centro da Nigéria, realizando roubos de gado, a propriedades e também sequestrando moradores para pedir resgates.

Na semana passada, 136 crianças foram sequestradas de uma escola islâmica no centro da Nigéria por um grupo de homens armados. Autoridades afirmam estar negociando para que os estudantes sejam liberados. O episódio elevou para 700 o total de estudantes sequestrados no país nos últimos seis meses.

Segundo a agência de notícias AFP, as gangues armadas não operam por motivos políticos, mas autoridades temem que estejam sendo infiltradas por combatentes jihadistas.

Em atuação no nordeste da Nigéria desde 2009, o Boko Haram, cujo nome, na língua local hausa, significa "a educação ocidental é proibida", tem histórico de transformar cativos em combatentes jihadistas. Ano passado, o grupo reivindicou o sequestro de mais de 300 estudantes no estado de Katsina, no noroeste do país.

Neste sábado (5), a Nigéria foi alvo de atenções internacionais após suspender a atuação do Twitter no país por tempo indeterminado -o que aconteceu dois dias depois da plataforma remover uma postagem feita pelo presidente, Muhammadu Buhari, em que ele ameaçava punir separatistas.

O ato foi criticado por defensores de direitos humanos e diplomatas e apontado como um obstáculo à liberdade de expressão no país.

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