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O príncipe Harry, 36, que acaba de se tornar pai de Lilibet Diana, voltou a ser chamado de Sua Alteza Real, pelo menos durante uma exposição de vestimentas da família real britânica aberta ao público no Palácio de Kensington.
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Desde que decidiu abdicar de suas funções na realeza, em janeiro de 2020, e se distanciar da família que esse título não cabe mais ao príncipe. A gafe foi cometida em uma placa que identificava o vestido de casamento da princesa Diana como sendo emprestado pelos filhos dela, os príncipes William e Harry.
Na identificação, estava escrito que o vestido havia sido "emprestado por Sua Alteza Real, o duque de Cambridge [William] e Sua Alteza Real, o duque de Sussex [Harry]".
De acordo com o jornal britânico The Sun, os responsáveis pela exposição Royal Style in The Making recolheram e alteraram a parte que cabe a Harry e pediram desculpas pelo erro. O novo texto diz que o vestido foi "emprestado por Sua Alteza Real, o duque de Cambridge e o duque de Sussex".
"Devido a um erro administrativo, pelo qual a Royal Collection Trust foi responsável, as placas estavam incorretas e foram atualizadas", disseram. O vestido exposto foi usado por Diana em sua cerimônia de casamento com o príncipe Charles na Catedral de St. Paul, no ano de 1981.
A duquesa Meghan Markle e o príncipe Harry participaram em março de 2020 do último compromisso da realeza e anunciaram que buscavam um "novo papel progressivo", baseados principalmente na América do Norte, e que seria financiado por eles mesmos.
Embora Harry continue sendo príncipe, o casal decidiu não utilizar seus títulos de Sua Alteza Real -e não utilizará a palavra "real" em suas marcas, embora eles tenham dito que não há jurisdição da monarquia ou do governo que os impeçam de usar a palavra no exterior.
O casal passou a maior parte do tempo no Canadá desde o surpreendente anúncio feito em janeiro de 2020. O último compromisso oficial de Meghan Markle era o de visitar a Canada House, em Londres, dias antes do anúncio. O príncipe retornou aos seus compromissos reais quando o apresentador do evento disse que as pessoas deveriam apenas "chamá-lo de Harry".
Em entrevista à série "The Me You Can't See" (O Eu que Você Não Pode Ver, em português), de Oprah Winfrey, Harry fez complicar ainda mais sua relação com a realeza ao revelar sobre a sua infância, os pensamentos suicidas de Meghan e o difícil relacionamento com Charles, 72.
De acordo com ele, houve negligência por parte da família real após todos saberem dos pensamentos de Markle de se matar. Os membros teriam se negado a prestar qualquer ajuda a ela."Achei que minha família iria ajudar, mas cada pedido, aviso, seja o que for, acabou encontrando silêncio total, abandono total. Passamos quatro anos tentando fazer funcionar. Fizemos tudo o que podíamos para ficar lá [na realeza britânica], mas Meghan estava lutando", comentou.
Harry disse que tinha a sensação de estar preso dentro da família e que não havia opção de sair. "Eventualmente, quando eu tomei essa decisão [de deixar o cargo], ainda me disseram: 'Você não pode fazer isso'. Ela [Meghan] iria acabar com sua vida. Não deveria ter que chegar a isso", revelou.
Aos 30 anos, Harry abusou do consumo de álcool e de drogas para lidar com a morte da mãe, algo que ainda o faz ter calafrios até hoje. Segundo ele, a cidade de Londres é um gatilho para sua ansiedade.