Casagrande chama jogadores de covardes por jogar Copa América

Veja repercussão da declaração do comentarista e ex-jogador

© Reprodução / TV Globo

Esporte Copa América 07/06/21 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os jogadores da seleção brasileira decidiram que vão, sim, disputar a Copa América –provavelmente haverá um manifesto crítico ao torneio, mas não o especulado boicote.

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O recuo do elenco verde-amarelo frustrou alguns que esperavam uma posição mais firme dos jogadores contra o torneio.

Walter Casagrande, ex-jogador da seleção e do Corinthians, publicou um texto no ge.globo no qual criticou duramente a mudança de posição dos atletas e reconheceu ter sido ingênuo ao acreditar em uma postura diferente.

"Essa é a geração de jogadores de futebol mais alienada que eu já vi desde anos de 1980. O importante para eles é estar nas redes sociais, mostrando suas mansões, seus carros", escreveu o ex-atacante.

"A atitude dos jogadores de decidir jogar a Copa América é mais um ato covarde. Mostra que os atletas não estavam preocupados com a grave situação sanitária do país, e sim com eles mesmos. Ficou tudo legal para os jogadores após o afastamento de Caboclo", completou.

Já Giovanni, ex-jogador que marcou época com a camisa do Santos e também vestiu o uniforme da seleção, vê a questão com outros olhos. A possibilidade de o time nacional não disputar a competição era estranha para ele.

"Os jogadores são convocados. Se vai ter Copa América, a CBF pega o treinador e convoca o jogador. Se o jogador não quiser, ele vai falar: 'Não quero jogar a Copa América por causa disso'. Simples assim. Quem não quiser, boas férias", declarou o ex-meia.

Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF pelo conselho de ética da entidade, no domingo (6). O órgão recebeu denúncias de uma funcionária da entidade que afirma ter sido assediada moral e sexualmente por ele.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM), que havia manifestado apoio ao boicote, compartilhou reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre a decisão dos jogadores de disputar o torneio, mas não comentou diretamente o recuo.

"O que acompanhamos nos últimos dias foi uma sequência de horrores sem precedentes na história do Brasil pós-redemocratização", afirmou no Twitter, criticando a relação da CBF com o governo federal.

Renan Calheiros (MDB-AL) chegou a enviar uma carta à seleção pedindo o boicote, afirmando que abrir mão da disputa, "em nome de vidas", poderia "significará sua maior conquista". Ele não comentou a mudança na postura dos atletas.

Na entrevista coletiva desta segunda-feira (7), o técnico Tite evitou respostas diretas para as perguntas sobre o tema.

"O tempo das manifestações é o nosso tempo [...] Temos orgulho muito grande da conduta que temos, do respeito que temos a este momento. Quero, sim, estar de corpo e alma, fazendo o melhor trabalho possível. Queremos jogar bola e fazer um grande jogo contra o Paraguai", disse, referindo-se ao compromisso pelas Eliminatórias, na terça (8), em Assunção.

Não foram só pessoas envolvidas profissionalmente com o futebol ou com a política que criticaram o recuo da seleção. O cientista Miguel Nicolelis se mostrou decepcionado principalmente com o volante Casemiro, que surgiu como porta-voz dos atletas durante os últimos dias.

"E no final das contas a tal 'posição que todos já sabem' anunciada pelo capitão da seleção brasileira era um 'vamos jogar a Copa América'. Casemiro foi tachado de herói, capitão para entrar para a história, e no final era mais do mesmo no pobre e mentalmente árido futebol", afirmou, no Twitter.

Na mesma rede social, o escritor Sérgio Rodrigues, autor de "O Drible", foi irônico: "A camisa amarela continuará sendo um símbolo da extrema direita, mas o uniforme muda um pouco. Agora, o calção é marrom".

O também escritor Marcelo Rubens Paiva seguiu a linha de Casagrande e afirmou: "Fomos todos ingênuos".

"Já que resolveram disputar a Copa América, como será o tal manifesto dos jogadores da seleção da CBF: a) publicarão uma hashtag ousada nos perfis das redes sociais; b) entrarão em campo com o mesmo corte de cabelo revoltado; c) farão uma dancinha-protesto no TikTok", brincou o humorista Antônio Tabet, ex-vice presidente de comunicação do Flamengo.

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