Witzel inicia depoimento na CPI acusando Bolsonaro por quadro grave da pandemia

O ex-governador também afirmou que a gestão Bolsonaro criou uma narrativa para fragilizar os chefes locais em razão da adoção de medidas de distanciamento social

© Marcos Oliveira/Agência Senado

Política CPI-COVID-19 16/06/21 POR Estadao Conteudo

Ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro, o governador cassado do Rio Wilson Witzel iniciou seu depoimento à CPI com forte artilharia contra o presidente da República e a atuação do governo federal na pandemia do coronavírus. Rompido com a família Bolsonaro, Witzel depositou na administração federal a culpa pelos mais de 490 mil mortos pela covid-19. O ex-governador também afirmou que a gestão Bolsonaro criou uma narrativa para fragilizar os chefes locais em razão da adoção de medidas de distanciamento social.

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"Como tem um País em que presidente da República não dialoga com governador? Ele deixou governadores à mercê. Único responsável pelas mortes tem nome e endereço e tem que ser responsabilidade, aqui e no tribunal penal internacional pelos fatos", disse Witzel nesta quarta-feira, 16.

"O governo federal, para poder se livrar das consequências do que viria com a pandemia criou uma narrativa, pensada, estrategicamente pensada, os governos estaduais ficaram em situação de fragilidade. O que ficou claro que a narrativa construída foi para colocar os governadores em situação de fragilidade porque eles tomaram as medidas de isolamento social, e isso tem repercussões econômicas", afirmou Witzel, que foi alvo de impeachment por acusação de corrupção na Saúde durante a pandemia, motivo pelo qual foi chamado a depor na CPI.

Para Witzel, líderes estaduais e municipais ficaram desamparados pelo governo federal em razão da postura de Bolsonaro em se recusar a dialogar com os chefes estaduais. "Os governadores, prefeitos de grandes capitais e pequenos ficaram totalmente desamparados do apoio do governo federal, isso é realidade inequívoca documentada em várias cartas que encaminhamos ao presidente da República", afirmou o ex-governador.

Witzel disse ainda que os governadores não teriam ficado "à mercê" das alternâncias dos preços de mercados internacionais na compra de respiradores se o governo federal tivesse agido. "Não é simples chegar na CPI e falar que governos compraram respiradores superfaturados, é preciso fazer análise dos valores praticados no mercado internacional, que nós governadores ficamos desaparelhados para comprar esses equipamentos", afirmou.

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