CPI: Renan anuncia 14 pessoas como investigadas, incluindo Queiroga e Pazuello

A maioria delas é ligada ao presidente Jair Bolsonaro, o que representa uma derrota para o governo na CPI e expõe a articulação para enquadrar e responsabilizar o chefe do Planalto pelo descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil

© Agência Brasil

Política CPI-COVID-19 18/06/21 POR Estadao Conteudo

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou oficialmente 14 pessoas como investigadas pela comissão. A maioria delas é ligada ao presidente Jair Bolsonaro, o que representa uma derrota para o governo na CPI e expõe a articulação para enquadrar e responsabilizar o chefe do Planalto pelo descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

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O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é um dos investigados. Na prática, passar da condição de testemunha para investigado permite que Queiroga e os demais tenham acessos aos documentos da CPI, além de sinalizar que a comissão já levantou provas e indícios para responsabilizar a atuação dessas pessoas na pandemia. Por outro lado, em um possível novo depoimento, um investigado pode optar por não falar no colegiado.

A CPI recebeu documentos do Itamaraty mostrando que Queiroga se comunicou com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e defendeu em abril o tratamento precoce contra a doença. O depoimento de Queiroga na CPI foi classificado pelo relator como "pífio", inclusive com declarações mentirosas ao ter negado que defendia o uso de medicamentos sem eficácia comprovada e dito que possui autonomia do presidente Jair Bolsonaro na pasta.

O relator também afirmou que Queiroga levou um "puxão de orelha" da OMS ao ter cobrado agilidade no envio de vacinas ao Brasil após, no ano passado, ter atrasado os pedidos do imunizante e optado por comprar vacinas apenas para 10% da população do Brasil no consórcio Covax Facility, quando era permitida a opção pela compra de imunizantes para atender 20% ou até 50% da população brasileira. Integrantes do suposto "gabinete paralelo" que assessora o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia também são alvos da CPI.

Veja a lista dos investigados pela CPI da Covid:

- Elcio Franco - ex-secretário executivo do Ministério da Saúde.

- Arthur Weintraub - ex-assessor internacional da Presidência da República.

- Carlos Wizard - empresário.

- Eduardo Pazuello - ex-ministro da Saúde.

- Ernesto Araújo - ex-ministro das Relações Exteriores.

- Fabio Wajngarten - ex-secretário de Comunicação.

- Francieli Fantinato - coordenadora do Programa Nacional de Imunização.

- Hélio Angotti Neto - secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.

- Marcellus Campêlo - ex-secretário de Saúde do Amazonas.

- Marcelo Queiroga - ministro da Saúde.

- Mayra Pinheiro - secretário de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde.

- Nise Yamaguchi - médica oncologista.

- Paulo Zanotto - virologista.

- Luciano Azevedo - anestesista.

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