Membros da CPI da Covid criticam ataque de Bolsonaro a jornalista

Os parlamentares criticaram a postura do presidente no episódio e, em referência à pandemia, asseguraram que os responsáveis vão pagar por "erros, omissões, desprezos e deboches" - sem, contudo, citar nominalmente Bolsonaro neste caso

© Edilson Rodrigues / Agência Senado

Política CPI-COVID-19 22/06/21 POR Estadao Conteudo

Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid emitiram nota conjunta em solidariedade à jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo. Ela foi atacada verbalmente nesta segunda-feira, 21, pelo presidente Jair Bolsonaro, após questioná-lo sobre a multa que recebeu do governo de São Paulo por não utilizar máscara em um passeio com motociclistas no dia 12 de junho. Os parlamentares criticaram a postura do presidente no episódio e, em referência à pandemia, asseguraram que os responsáveis vão pagar por "erros, omissões, desprezos e deboches" - sem, contudo, citar nominalmente Bolsonaro neste caso.

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"A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da pandemia, no ano passado", diz a nota, assinada pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), e pelo vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

"Tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas a democracia brasileira", acrescenta o texto, que ainda tem entre os signatários o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), e mais sete senadores. São eles: Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Na nota, os senadores ainda lembram que crimes contra a humanidade, como genocídios, não prescrevem. "Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente", afirmam. A oposição ao governo federal costuma chamar de "genocida" a postura do presidente Jair Bolsonaro na pandemia de covid-19, pela demora em negociar vacinas e por participar de aglomerações.

O chefe do Palácio do Planalto participava de evento da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), ao insultar a jornalista. "Cale a boca, vocês são uns canalhas. Vocês fazem um jornalismo canalha, que não ajuda em nada. Vocês destroem a família brasileira, destroem a religião brasileira, vocês não prestam". Ele tirou a máscara para atacar a repórter, o que, além de contrariar a recomendação de especialistas em segurança sanitária, é vedado por lei estadual.

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