Bolsonaro pede para PF investigar deputado e irmão que apontaram suspeita na compra da Covaxin

O pedido de investigação foi anunciado nesta quarta-feira (23) pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzony

© Getty Images

Política Vacina 23/06/21 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro mandou a Polícia Federal investigar o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, por declarações de ambos sobre supostas irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

PUB

O pedido de investigação foi anunciado nesta quarta-feira (23) pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzony.

"O presidente determinou que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as declarações do deputado Luis Miranda, sobre as atividadades do seu irmão, servidor público do Ministério da Saúde, e sobre todas essas circustâncias expostas no dia de hoje", disse Lorenzoni.

O ministro disse que o governo pedirá um processo disciplinar contra o servidor, além de apurações sobre denunciação caluniosa, fraude processual e prevaricação.

Lorenzoni não citou pedido de investigação sobre possíveis irregularidades no contrato.

O caso em torno das suspeita da compra da Covaxin pelo governo Bolsonaro foi revelado no jornal Folha de S.Paulo na sexta-feira passada (18), com a divulgação do teor do depoimento do servidor Luís Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde.

Ele disse em oitiva no Ministério Público Federal que recebeu uma pressão "atípica" para agilizar a liberação da vacina indiana, desenvolvida pelo laboratório Bharat Biotech.

Irmão do servidor da Saúde, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse nesta quarta-feira (23) que alertou Bolsonaro, em 20 de março, sobre possíveis irregularidades na compra.

Segundo o parlamentar, naquele encontro, Bolsonaro prometeu acionar a Polícia Federal para investigar o caso. "Para poder agir imediatamente, porque ele compreendeu que era grave, gravíssimo", disse Miranda.

O parlamentar afirmou que não recebeu retorno do presidente ou da PF. "Não era só uma pressão que meu irmão recebia. Tinha indícios claros de corrupção."

O governo fechou contrato para compra da Covaxin em 25 de fevereiro, no momento em que tentava aumentar o portfólio de imunizantes e reduzir a dependência da Coronavac, que chegou a ser chamada por Bolsonaro de "vacina chinesa do João Doria".

A Covaxin é produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, e negociada no Brasil pela empresa Precisa Medicamentos.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

justica Santos Há 1 Hora

Homem é flagrado abusando sexualmente de moradora em situação de rua

fama MADONNA-RIO Há 21 Horas

Show Madonna no Rio será com playback, assim como outros da turnê; entenda

brasil enchentes no Rio Grande do Sul Há 20 Horas

Sobe para 57 o número de mortos em temporais do RS

fama AYRTON-SENNA Há 23 Horas

Galisteu revela 3 sonhos não realizados de Ayrton Senna

fama MADONNA-AMORES Há 22 Horas

Madonna exibe fotos de ex-amores em telão de shows

mundo Miami Há 5 Horas

Saco com é cobras encontrado nas calças de passageiro em aeroporto

fama PAULO-GUSTAVO Há 56 mins

Thales Bretas relembra morte de Paulo Gustavo: 'Horas boas, horas bem amargas'

esporte Fórmula 1 Há 20 Horas

Verstappen vence no GP de Miami a 9ª corrida sprint de Fórmula 1; Ricciardo é o 4º

brasil Brasil Há 17 Horas

Pastor assume que beijou filha na boca: "Que mulherão! Ai, se eu te pego"

esporte Campeonato Inglês Há 23 Horas

Jesus dá assistência à la Ronaldinho Gaúcho, Arsenal vence e continua na liderança do Inglês