PIB do Brasil vai crescer de 5% a 5,5% neste ano, afirma Guedes na Câmara

Guedes lembrou que as previsões do mercado financeiro eram de queda do PIB maior do que a efetivamente verificada no ano passado

© OCDE reduz previsão de queda do PIB global em 2020, de 6% para 4,5%

Economia PIB 07/07/21 POR Estadao Conteudo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 7, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 5% ou 5,5% em 2021. Segundo ele, o País está "surpreendendo o mundo". Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, Guedes lembrou que as previsões do mercado financeiro eram de queda do PIB maior do que a efetivamente verificada no ano passado.

PUB

Guedes - que participa nesta quarta-feira de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados - também disse que o andamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil levou o governo a renovar o pagamento do auxílio emergencial em 2021. "A pandemia é que nos recomendou a renovação do auxílio emergencial", disse o ministro na audiência, lembrando do aumento de casos de covid-19 no início do ano.

"Renovamos agora o auxílio emergencial por mais três meses. Vamos até outubro", disse Guedes. "Em novembro e dezembro, reengatamos (sic) no Bolsa Família", acrescentou.

Guedes citou ainda uma série de medidas adotadas pelo governo no ano passado, na primeira onda de covid-19. Além disso, defendeu que a vacinação em massa no Brasil finalmente deslanchou. "O governo está produzindo vacina em massa, além da importação", disse.

O ministro afirmou ainda, aos deputados, que a previsão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é de que em três ou quatro meses os Estados brasileiros terão vacinado toda sua população adulta. "Queiroga diz que em três ou quatro meses teremos controle epidemiológico da pandemia", afirmou.

O ministro da Economia, disse, ainda, que, por questões políticas, o País ficou "dois ou três meses" sem auxílio emergencial no início do ano, mas mesmo assim a economia brasileira "bombou" nesse período. "A economia subiu do mesmo jeito. Quer dizer que já estava se levantando de novo", disse, acrescentando que a "fila de liberação" de recursos também permitiu alguma transferência em janeiro e fevereiro.

O ministro repetiu que a economia brasileira surpreendeu o mundo e se recuperou em "V", com desempenho melhor do que os países desenvolvidos, à exceção da China e EUA. "A economia já voltou em V, voltamos ao nível anterior à pandemia, com a diferença que continuamos crescendo, vamos superar esse nível."

Citando os números do varejo divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Guedes disse que a economia está decolando e que isso aparece em diferentes indicadores, como a arrecadação.

Guedes também fez uma retrospectiva das ações do governo na pandemia. Ele disse que o governo zerou a fila do Bolsa Família e atendeu aos mais frágeis imediatamente. "Preferimos pecar pelo excesso. Gastamos 8,5% do PIB, R$ 600 bilhões, metade para os mais frágeis." O ministro ainda disse que o Benefício Emergencial (BEm) custou R$ 47 bilhões e protegeu um terço da mão de obra formal privada do País. Ele repetiu que foi a primeira recessão que houve criação de vagas.

Sustentação parlamentar

Na audiência, Paulo Guedes, afirmou que o governo Bolsonaro tem atualmente um "eixo de sustentação parlamentar" no Congresso, algo que não tinha no início da administração. Para ilustrar o comentário, Guedes lembrou que neste ano, "em poucas semanas", o Congresso aprovou o projeto de autonomia do Banco Central, a lei de saneamento e a lei do gás, entre outras matérias de interesse do governo. "Está tudo andando", disse o ministro. "O plano econômico está andando."

Guedes disse ainda que a economia brasileira é uma "engrenagem" que funcionou. "Fomos testados no limite", afirmou o ministro. Por outro lado, ele reconheceu contribuições trazidas pela própria oposição ao governo, inclusive em matérias como a Reforma da Previdência. "Mesmo a oposição, quando divergiu, trouxe ensinamentos importantes", disse. "Nos ajudaram quando disseram que o BPC Benefício de Prestação Continuada é importante para regiões mais frágeis."

Reformas

O ministro da Economia fez na audiência uma defesa de duas propostas de reformas econômicas do governo: a administrativa e a tributária. Segundo ele, no primeiro caso a intenção é respeitar "todos os direitos do funcionalismo público atual". "Queremos valorizar o serviço público", acrescentou.

Ao tratar da reforma tributária, Guedes lembrou que o Brasil é um País de baixa renda. "Não adianta jogar impostos em cima de 30 milhões de brasileiros com renda baixa", disse. O ministro fez ainda uma defesa da tributação dos rendimentos de capital e da remoção de subsídios na economia.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 22 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

tech ESA Há 20 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

fama DEBORAH-EVELYN Há 19 Horas

Famosos cometem gafe ao elogiar Deborah Evelyn em foto com marido

mundo Titanic Há 23 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

brasil Paraíba Há 18 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

lifestyle Signos Há 19 Horas

Estes são os três signos que adoram ser independentes!

mundo Argentina Há 22 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina

fama Iraque Há 15 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

tech Ataque Há 19 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

mundo Equador Há 21 Horas

Queda de helicóptero militar no Equador causa morte dos oito tripulantes